terça-feira, 9 de junho de 2009

Luxemburgo/Economia: Luxembourg Business Compass: uma ferramenta para decisores

Seguir o nível dos receios, das esperanças e das expectativas dos empreendedores no Grão-Ducado é o objectivo do "Luxembourg Business Compass", o novo indicador criado pelo diário Luxemburger Wort, pela empresa KPMG e pelo instituto Allensbach.

O "Luxembourg Business Compass" baseia-se no estudo de um questionário enviado a 88 decisores das grandes empresas luxemburguesas. O novo instrumento de confiança económica, que constitui o primeiro exemplar deste género no país, "será publicado pelo menos uma vez por ano" segundo John Li, da KPMG.

Os resultados da primeira edição revelam que cerca de 84 % dos inquiridos estimam que as suas actividades económicas vão diminuir nos próximos seis meses, um número que passa para 72 % quando a pergunta lhes é colocada relativamente aos próximos 12 meses. Apenas 5 %, respectivamente 11 %, dos entrevistados prevêem um ligeiro crescimento dos seus negócios nos seis a 12 próximos meses. Cerca de 23 % dos entrevistados afirmam que poderiam empregar mais pessoal, ao passo que 61 % pensam que poderiam ser obrigados a proceder a despedimentos.

A publicidade é outro parâmetro que 39 % dos decisores nacionais declaram querer reduzir.

Os mais de 150 responsáveis de empresas presentes a 19 de Maio, na apresentação do "Luxembourg Business Compass", provam o interesse deste novo indicador, que pretende tornar-se uma referência no mercado nacional.

Para o encontro, haviam sido convidados como oradores o ministro das Finanças, Luc Frieden, o advogado e presidente da ALFI (Associção Luxemburguesa dos Fundos de Investimento), Claude Kremer, o novo co-director da BGL, Eric Martin e John Jentgen, que recentemente ocupou o posto de director da GoodYear.

Durante a sua intervenção, John Jentgen salientou que a crise deixará marcas no sector automóvel, ramo em que os stocks terão que ser reduzidos. Por seu lado, Eric Martin sugeriu que o seu banco não deseja recorrer a despedimentos.

No que diz respeito aos fundos de investimento, Claude Kremer referiu que mesmo se os activos diminuíram 25 % num ano, a grande maioria da perda é imputável ao desmoronamento dos mercados financeiros. Só uma pequena parte das perdas resulta de levantamentos dos clientes.

Frieden expressou o desejo de finalizar rapidamente os acordos sobre a dupla tributação e obter as assinaturas necessárias para remover o Luxemburgo da lista "cinzenta" da OCDE. Para o ministro, este Luxembourg Business Compass "é um estudo útil para os decisores e mostra o caminho para que o Luxemburgo continue a ser um país próspero."

Pedro Castilho, in Contacto, 03.06.2009

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