A fragata portuguesa Corte-Real prestou hoje auxílio a uma embarcação indiana que se encontrava à deriva após 10 dias de sequestro pelos piratas da Somália, que lhes roubaram tudo.
Com uma tripulação de 14 marinheiros, indianos, naturais de Diu, transportando toneladas de carvão, o Vishvakalyan saiu de Brava, a Norte de Mogadíscio, a 1 de Junho e, dois dias depois, foi abordado por três botes com mais de uma dúzia de piratas que os espancaram, roubaram e levaram quase todo o combustível.
A Corte-Real avistou a embarcação, típica dos mares do Índico, esta madrugada eram 4h45 em Lisboa (5h45 no Luxemburgo) e fez o contacto rádio, mas sem resposta.
Teve que ir a bordo uma equipa de fuzileiros que obteve a seguinte resposta: “estamos sem água e sem comida e fomos atacados por piratas durante 10 dias”.
Perante esta resposta foi imediatamente accionada a intervenção de uma equipa de apoio médico e posteriormente iniciou-se o transporte de alimentos, água e combustível suficiente para poderem chegar a um ponto de reabastecimento.
Após o auxílio da Corte-Real, o almirante Pereira da Cunha, que comanda a força da NATO na região contra a pirataria, resumiria em poucas palavras o que foi feito: “Isto que fizemos é um dever, não é uma tarefa, ou uma missão”.
Tem a ver com o código de conduta do marinheiro, que “nunca abandona outro marinheiro em dificuldades”, afirmou o almirante português à agência Lusa.
Lusa
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