O ciclista espanhol Alberto Contador (Astana) congratulou-se esta segunda-feira com os "juros" que lhe rendeu o ataque de domingo, na 15a etapa da Volta a França, tornando-o líder indiscutível da prova e da equipa cazaque.
"Com a diferença que consegui ontem (domingo), descansei muito melhor. Era um dia-chave. Pensei que se podiam criar diferenças e foram grandes, maiores do que imaginei. Por isso, dormi mais tranquilo. Agora dá para ir mais tranquilo e não tanto ao ataque, mas, com juros maiores, dormiria mais tranquilo", afirmou.
Contador, vencedor do "Tour" em 2007 e do "Giro" e da "Vuelta" em 2008, vestiu a camisola amarela da corrida francesa ao cruzar isolado a meta instalada na estância de Inverno suíça de Verbier, aumentando a vantagem na tabela geral sobre o colega de equipa norte-americano e sete vezes vencedor da prova, Lance Armstrong, para 1.37 minutos.
"Depois do resultado da etapa tudo ficou mais claro e a polémica é muito menor. Sabia que ia ser difícil na estrada e fora dela. Já sabia que me esperava toda esta pressão psicológica. Não imaginava correr contra ele (Armstrong). Não esperava que ele voltasse. Armstrong é como é e eu sou diferente. Quero ganhar o 'Tour' as vezes que puder, mas não tenho uma meta, não sei se vou ganhar tantos como ele", declarou o corredor madrileno de 26 anos.
Contador apontou como os adversários a vigiar o luxemburguês Andy Schleck (Saxo Bank) e o britânico Bradeley Wiggins (Garmin), respectivamente terceiro classificado, a 1.36 minutos, e quinto posicionado, a 2.26 minutos.
"Contador impressionou-me. Não esperava que estivesse tão forte, mas estamos preparados para assumir todos os riscos na terceira semana e estou seguro de que podemos isolá-lo", afirmou o mais novo dos irmãos Schleck, segundo em Verbier, mas a ceder 43 segundos para o chefe-de-fila e colega de quarto do português Sérgio Paulinho.
Segundo o ciclista do Grão-Ducado, que já comanda a classificação dos Sub-25, cuja camisola branca ganhou no "Tour" 2008, "as etapas que aí vêm serão muito mais duras e as diferenças vão ser maiores".
"Sou melhor que Armstrong na montanha. Temos que chegar a Wiggins e a Armstrong e, depois, a Contador", prometeu Schleck.
Armstrong, que já tinha reconhecido e aceite que o seu colega espanhol demonstrou estar em melhor nível, revelou hoje, através de uma das redes sociais da Internet, ter sido submetido a um novo controlo antidoping, no segundo dia de descanso do "Tour", tal como os companheiros Contador e o alemão Andreas Kloeden.
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