Portugal e Inglaterra foram os dois países escolhidos para a instalação de fábricas de baterias de iões de lítio para carros eléctricos, anunciou segunda-feira a aliança Renault-Nissan.
Em comunicado, a empresa refere que a fábrica em Portugal vai criar 200 postos de trabalho, terá uma capacidade anual de produção de 60 mil unidades, e representa um investimento de 250 milhões de euros, devendo ficar situada em Sines ou Estarreja.
A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) considera que a instalação desta fábrica em Portugal vai reforçar o cluster [pólo tecnológico] automóvel nacional e vai atrair tecnologia. "O país tem condições únicas" para o desenvolvimento deste projecto, acrescentou Hélder Pedro, o secretário-geral da ACAP, destacando a existência de "mão-de-obra qualificada" e de "parcerias com universidades".
O primeiro-ministro afirmou, por seu lado, que a instalação em Portugal desta fábrica representa o primeiro passo para a instalação novos investimentos no país neste sector tecnológico.
"O tempo do carro eléctrico chegou e modificará as questões energéticas, ambientais e de qualidade de vida em todo o mundo. O nosso objectivo sempre foi não ficar à espera que essa mudança viesse ter com o nosso país, mas estar na linha da frente daqueles que querem influenciar e controlar essa mudança", afirmou.
José Sócrates disse ainda que o investimento da Renault Nissan revela "confiança na economia portuguesa" e que a nova fábrica de baterias poderá servir de "âncora" para novos investimentos a realizar no país neste sector.
Governo dá exemplo e incentiva à compra de carros eléctricos
"O Governo e as autarquias que pertencem à rede de abastecimento de carros eléctricos vão substituir até 2011 cerca de 20% das suas frotas" por esse tipo de veículos ecológicos, adiantou hoje o primeiro-ministro.
Sócrates aproveitou ainda para anunciar que quem adquirir carro eléctrico receberá cinco mil euros de incentivo, que chegará a 6.500 se entregar um veículo para abate, e que as empresas terão redução de 50% em IRC.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro lembrou igualmente que já hoje não há impostos para os carros eléctricos e que o Executivo vai em breve legislar no sentido de atribuir esse subsídio de cinco mil euros, incentzivo que se prolongará até 2012.
Ainda de acordo com o primeiro-ministro, o Governo vai também legislar em breve para que os novos edifícios tenham "obrigatoriamente pré-instalação de postos de abastecimento para carregamento dos carros eléctricos nas garagens.
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