quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Maddie McCann: Detectives procuram mulher com sotaque australiano


Uma mulher com sotaque australiano é a nova pista privilegiada pelos detectives privados contratados para procurar Madeleine McCann, a criança inglesa desaparecida há mais de dois anos em Portugal.

A atenção dos detectives virou-se para esta mulher depois de um homem britânico ter transmitido, há cerca de seis semanas, o conteúdo de uma breve conversa que ouviu na madrugada de 7 Maio de 2007, numa zona de bares perto da marina de Barcelona.

Segundo a testemunha, que não quer ser identificada, a mulher parecia agitada e a conversa entre os dois deixou a impressão de que saberia qualquer coisa sobre o desaparecimento de Madeleine McCann, quatro dias antes, na Praia da Luz, no Algarve.

Todavia, Dave Edgar, polícia reformado contratado pelos McCann, recusou-se “por razões operacionais” a revelar o que foi dito, garantindo todavia que o homem, de 41 anos e casado, mas sem filhos, é considerado “bastante credível” e a pista “significativa”.

A mulher, cujo retrato foi hoje divulgado numa conferência de imprensa em Londres, foi descrita como sendo branca, de idade entre 30 e 35 anos, magra, cabelo castanho curto, cerca de 1,6 metros de altura e usava uma calças de ganga de aspecto caro e uma camisola de cor clara.

A mulher terá ainda sido observada a discutir de forma “acesa com outra pessoa no que parecia ser castelhano fluente” e depois a abandonar a área em direcção ao hospital local ou dos terminais marítimos.

Em resposta aos jornalistas, o detective admitiu que a testemunha, que se encontrava em Barcelona com um grupo de homens, tinha bebido, “mas não estava embriagada” e que só contactou os detectives agora, dois anos depois, “por razões pessoais”.

Dave Edgar e Edgar Cowley, o outro investigador contratado pelos McCann, esperam que a mulher em causa ou pessoas que a conheçam os contactem para poderem esclarecer eventuais dúvidas.

A equipa de detectives disse ainda manter interesse em falar com um pedófilo britânico que vivia em Portugal na altura do desaparecimento e que agora reside na Alemanha, mas que recusou até agora ser interrogado.

A investigação ao desaparecimento de Madeleine McCann foi arquivado pela polícia portuguesa em Julho de 2008 por falta de provas. Os pais foram constituídos arguidos em Setembro de 2007, mas posteriormente ilibados, tal o outro arguido no processo, Robert Murat. A família manteve desde o início a posição de que Madeleine foi raptada, tendo constituído um Fundo para financiar a busca da criança. Segundo o porta-voz da família, Clarence Mitchell, a manter-se o ritmo em que está a ser gasto, o dinheiro deverá acabar no final deste ano.

Foto/texto: Lusa

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