sábado, 5 de setembro de 2009

Brasil desenvolve medicamento homeopático para tratar a gripe A H1N1

Um novo medicamento homeopático para prevenir e tratar os sintomas da gripe A H1N1 já está a ser utilizado numa cidade do interior de São Paulo, Brasil, disse à Lusa o investigador Renan Marino.

“O medicamento actua como preventivo, o ideal é tomar para não contrair a gripe. Deixa o organismo mais resistente e diminui a susceptibilidade”, afirmou o médico homeopata que desenvolveu o medicamento e é vice-presidente da Associação Médica Homeopática do Estado de São Paulo.

Segundo Marino, o composto, pioneiro no mundo e desenvolvido na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), é indicado para grupos prioritários mais vulneráveis como grávidas, diabéticos e crianças e já está a ser utilizado em unidades básicas de saúde no município de Rio Preto.

O Complexo é composto pela associação de três medicamentos homeopáticos (Influenzinum, Gelsemium e Ipecacuanha) e está a ser recomendado a familiares e pacientes atendidos em consultórios particulares e ambulatórios da rede pública de saúde.

Segundo Marino, os resultados positivos devem-se ao medicamento Ipecacuanha (planta nativa do centro-oeste brasileiro) presente no composto que foi identificado como “génio epidémico” para esta pandemia e é o que garante a eficácia da medicação.

O médico explicou que entre 26 de Julho e 27 de Agosto deste ano foram administradas mais de 1.000 doses do medicamento e que, das pessoas que tomaram, “nenhuma delas apresentou sintomas, suspeitas ou registo da gripe A”.

Marino defende que a implementação deste medicamento em larga escala no Brasil é viável.

“É muito simples e barato, bastaria boa vontade política. Mas contraria os interesses dos grandes conglomerados”, criticou Marino, argumentando que há “resistência” à homeopatia.

Segundo o médico, um frasco é suficiente para medicar com uma dose por semana toda uma família. Actualmente, é comercializado em farmácias homeopáticas mediante receita médica a 10 reais (3,7 euros).

“Em larga escala, a dose ficaria a cêntimos de real. O nosso esforço é divulgar para sensibilizar as autoridades a tomar uma medida. O Brasil é o país que mais tem desenvolvido a homeopatia”, realçou.

Sem comentários:

Enviar um comentário