O número de alunos matriculados no ensino superior privado em Portugal caiu 23% nos últimos dez anos, mas a descida é apenas ao nível do sistema universitário, que entre 1998/99 e 2008/09 perdeu mais de 28 mil estudantes.
O ensino superior privado tinha 117.933 alunos em 1998/99, mas volvidos 10 anos são apenas 90.564 os estudantes que frequentam este tipo de instituição (- 23,2%), segundo dados recentes do Ministério do Ensino Superior.
Desagregando os números, verifica-se que apenas as universidades contribuíram para aquela descida, passando de 89.361 para 60.755 o número de alunos inscritos, ou seja, menos 28.606 (- 32%).
Já os institutos politécnicos, registam mais 1.237 alunos, passando de 28.572 para 29.809 em igual período (+4%). Ainda assim, os politécnicos já chegaram a ultrapassar a barreira dos 33 mil alunos em 2002/03 e 2003/04.
Esta quebra poderá ser explicada pela redução do número de vagas no ensino superior privado - menos cerca de 7.500 do que há 10 anos - mas também pelo aumento dos lugares disponibilizados nas universidades e politécnicos públicos: 43.293 em 1998/99 contra 51.081 no último ano lectivo.
Segundo dados do Governo, o ensino superior privado registava em 1998/99 quase 24 mil inscritos no 1º ano/1ª vez e 27.384 no último ano lectivo.
Mas num curto espaço de tempo, houve grandes variações: em 2005/06 eram mais de 19 mil e em 2007/08 perto de 30 mil.
Quanto a diplomados, o subsistema privado registou 208.339 entre 1997 e 2007, representando 33,9 % do total - as universidades e politécnicos públicos são responsáveis por 66,1%.
As universidades privadas emitiram neste período mais de 114 mil diplomas (18,6% do total) e os politécnicos privados quase 94 mil (15,3% do total).
Relativamente ao número de desempregados com formação superior, e segundo dados de 2008, o ensino privado registava 11.426, dos quais 8.108 eram provenientes das universidades e 3.318 dos politécnicos.
Quanto ao número de docentes, eram 11.444 em 2001 e 10.347 em 2007, o que representa uma diminuição de 9,5%.
Mais uma vez, nos politécnicos havia mais 49 docentes enquanto nas universidades eram menos 1.146.
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