Portugal e o Luxemburgo adoptaram a mesma vacina: a Pandermix.
No entanto, o Infarmed admite vir a receber muito mais notificações devido à especial atenção dos profissionais de saúde e de quem receber a vacina contra a gripe A (H1N1), que começou a ser administrada em Portugal na passada segunda-feira.
No Luxemburgo as primeiras vacinas foram distribuidas na passada terça-feira e os últimos dados dão conta que mais de 800 pessoas já foram vacinadas no Grão-Ducado.
Segundo o presidente da autoridade que regula o sector do medicamento em Portugal, Vasco Maria, "a maior sensibilidade" dos profissionais de saúde e de todos os que recebem o fármaco deverá levar a um aumento de notificações de reacções adversas.
Quando e se o Infarmed for confrontado com estes casos, caberá aos técnicos "olhar para as suas características e fazer uma interpretação da probabilidade", referiu Vasco Maria.
O responsável disse mesmo que são esperadas associações entre a vacina e as mortes, embora estas possam não estar relacionadas, pois "todos os anos morre gente e, a partir de agora, vai morrer gente que recebeu a vacina, pois esta vai abranger 30% da população".
O presidente do Infarmed lembra, no entanto, que "o risco de morrer por gripe pandémica em Portugal é muito baixo".
A notificação das reacções adversas à vacina da gripe A vai ser registada pelo Sistema Nacional de Farmacovigilância, ao qual, como acontece noutros países, se estima que só cheguem cerca de 10% dos efeitos, o que é "manifestamente insuficiente", realça Vasco Maria.
Um estudo apresentado hoje indica que este sistema, criado em 1992, recebeu, entre 2006 e 2008, 4299 notificações espontâneas de Reacções Adversas a Medicamentos (RAM), o que significa um aumento de 36% nesses três anos.
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