Eram 4h30 da manhã de hoje, quando se abriram as portas da sala de reuniões do Ministério do Trabalho, onde a direcção da Villeroy & Boch e sindicatos chegaram finalmente a acordo sobre o plano social da empresa após meses e uma noite de 14 horas de negociações. Cada um dos 230 assalariados que a fábrica de porcelana prevê despedir, irá receber 100 euros por cada mês de antiguidade.
Importa relembrar que no ínicio das negociações, ambas as partes apresentaram propostas totalmente díspares.
O pacote de indemnizações proposto pela direcção da empresa era de 10,6 milhões de euros, o que correspondia a uma média de 20 euros por mês de antiguidade para cada um dos 230 trabalhadores. A direcção acabou por voltar atrás e colocou em cima da mesa de negociações durante esta noite um envelope de 12 milhões de euros.
Os sindicatos exigiam pelo menos 13,6 milhões de euros, o que perfazia 120 euros para cada um dos assalariados despedidos e correspondia à soma atribuída a uma primeira vaga de licenciamentos ocorrida em 2006. Vão acabar por receber 100 euros por cada mês de antiguidade passado na empresa.
Entretanto, em carta aberta dirigida ao Grão-Duque na quarta-feira, o sindicato LCGB instava o representante de Estado a mudar de fornecedor de porcelana.
O sindicato relembrava que o Grão-Duque ainda utiliza produtos da Villeroy & Boch, empresa que neste momento está sob mira dos sindicatos devido à sua intenção de despedir 230 assalariados.
Para o LCGB, deixar de adquirir porcelana à Villeroy & Boch seria um gesto simbólico para com os trabalhadores da empresa que a partir de 10 de Julho vão perder os seus empregos.
Foto: Anouk Antony
Sem comentários:
Enviar um comentário