O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, advertiu hoje em Bruxelas que tem "particular interesse" na escolha a ser feita para futuro chefe da diplomacia europeia, lembrando que esse Alto Representante fará também parte do seu colégio de comissários.
Falando no Parlamento Europeu, José Manuel Durão Barroso lembrou assim que a posição da Comissão deve ser tida em conta quando os chefes de Estado e de Governo da União Europeia se reunirem a 19 de Novembro, em Bruxelas, para escolherem o futuro Alto Representante da UE para a Política Externa, bem como o novo presidente do Conselho.
Apontando que não lhe cabe fazer comentários sobre os candidatos para presidente do Conselho, Durão Barroso admitiu todavia ter "particular interesse" na nomeação para o outro novo cargo criado pelo Tratado de Lisboa, "já que o Alto Representante será também um dos vice-presidentes da Comissão", além de lhe caber um papel preponderante na acção externa da União.
"Eu sou daqueles que pensam que a Europa não avança com uma instituição que construa o seu poder, a sua autoridade, contra as outras", advertiu Durão Barroso, numa mensagem implicitamente dirigida ao Conselho (estados-membros), em véspera de esta instituição decidir quem ocupará os novos cargos.
Durão Barroso reiterou a propósito a sua firme intenção de trabalhar em estreita cooperação com o futuro presidente do Conselho, que disse esperar que seja "uma personalidade que poda dar uma liderança efectiva" a esta instituição.
O presidente do executivo comunitário - reeleito em Setembro passado para um segundo mandato de cinco anos - necessita de esperar pela designação do vice-presidente e Alto Representante para poder formalizar a nomeação do seu novo colégio.
Durão Barroso disse hoje que só depois de ter todos os 26 nomes da equipa é que distribuirá as pastas, garantindo que estas serão "decididas em função das personalidades e perfis, e não dos países".
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