quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Fórmula 1: Álvaro Parente anunciado como piloto de testes da estreante Virgin Racing

O português Álvaro Parente, que na época passada disputou o campeonato GP2, foi oficialmente anunciado como um dos pilotos de testes da nova equipa de Fórmula 1 Virgin Racing, a par do brasileiro Luiz Razia.

Na apresentação da escuderia e dos seus dois pilotos titulares, o alemão Timo Glock e o brasileiro Lucas di Grassi, o presidente da equipa, Richard Branson, disse em Londres que a Virgin Racing vai ter o mais baixo orçamento entre as 13 concorrentes ao Campeonato do Mundo de 2010

Segundo várias notícias, Álvaro Parente, nascido no Porto há 25 anos, ainda está em negociações para também disputar a “Main Series” da GP2, em simultâneo com o seu contrato com a Virgin, após ter sido oitavo classificado nos dois últimos campeonatos da categoria, com um triunfo em cada temporada.

A Virgin, nome por que passa a ser conhecida a Manor Team devido a um contrato de patrocínio, é uma das cinco novas equipas de Fórmula 1 para o próximo ano, juntamente com a regressada Lotus, a USF1, a Campos e a Sauber, que também volta aos Grandes Prémios, em substituição da BMW Sauber.

O ex-piloto da Toyota Timo Glock já tinha anunciado o seu ingresso na Virgin, mas a confirmação oficial da contratação de Lucas di Grassi, que disputou o campeonato GP2 nos últimos quatro anos, só foi feita ontem na cerimónia de Londres.

“Timo e eu estamos juntos para construir uma equipa. Não trabalhamos individualmente, mas como um grupo, dando o máximo para levar a equipa para a frente”, disse Di Grassi, que também era piloto de reserva e de testes da equipa Renault de Fórmula 1.

Este ano, o grupo Virgin patrocinou a Brawn GP na vitoriosa estreia da equipa britânica, que conquistou o Mundial de Construtores e deu ao inglês Jenson Button o título de pilotos, mas o milionário Richard Branson agora pretende construir o sucesso a partir do zero.

Com o lema “Uma nova equipa para uma nova era”, a Virgin tem como objectivo ser competitiva com um orçamento de apenas 40 milhões de libras (44 milhões de euros), numa competição em que o plantel foi alargado para 13 equipas e 26 monolugares.

“Na época passada a Brawn começou a época como David e terminou-a como Golias. Então, procurámos uma nova grande equipa, uma equipa David. Temos uma e veremos como corre”, disse Branson, após entrar em palco com uma dúzia de guitarristas a simularem o som de um motor de Fórmula 1.

Na segunda-feira, a subsidiária privada do Lloyds Banking Group, um banco parcialmente detido pelo estado britânico, anunciou que tinha adquirido parte das acções da Virgin Racing, num negócio que terá rondado as 10 milhões de libras (16,2 milhões de euros).

“O dinheiro não é tudo. Eles estão determinados em provar que, com mestria na engenharia, grandes pilotos e uma grande afinidade com o público, podem fazer as coisas bem feitas”, sublinhou Branson.

A direcção técnica da Virgin Racing, cujo carro deve estar pronto em finais de Janeiro, está a cargo de Nick Wirth, antigo projectista da Benetton e proprietário da extinta equipa Simtek, enquanto o director da equipa é o fundador da Manor, John Booth.

Sem comentários:

Enviar um comentário