A Organização para o Desenvolvimento e a Cooperação na Europa, (OCDE) divulgou, na semana passada, o relatório "Health at a Glance". A publicação, elaborada de dois em dois anos, lança um olhar sobre a saúde dos 30 países que fazem parte da OCDE, entre os quais o Luxemburgo. O relatório inclui um conjunto de estatísticas sobre a situação actual da saúde nos diferentes países. Na edição deste ano, a OCDE constata que 98 % da população do Luxemburgo tem acesso à segurança social que lhe permite obter a comparticipação nos gastos com a saúde. A OCDE considera também que o financiamento do Estado nos gastos de saúde dos cidadãos atinge um investimento considerável, com a consequente redução dos custos para os pacientes.
No entanto, garante a OCDE, há o reverso da medalha: o sistema de saúde no Luxemburgo é caro. O relatório da organização internacional coloca o Grão-Ducado na quarta posição em gastos com a saúde (público e privado combinados) por ano e por utente, logo atrás dos Estados Unidos, Noruega e Suíça. Para reduzir custos, o ministro da Saúde garante que é preciso acelerar a mudança para o atendimento em regime ambulatório, ou seja, evitar os internamentos sempre que possível. Mars di Bartolomeu, reagindo ao números da OCDE, dá exemplos concretos: no caso da cirurgia às cataratas, nos EUA 93 % dos tratamentos são em regime ambulatório e em França 63 %, enquanto que no Grão-Ducado apenas 35 % dos casos são tratados em ambulatório. O ministro realça ainda o facto de, no relatório da OCDE, o Luxemburgo figurar entre os países que têm as taxas de mortalidade infantil mais baixas. O Grão-Ducado aparece em primeiro lugar com 1,8 mortes por 1.000 nascimentos (3,8 na França, 3,9 na Alemanha e na Bélgica, 4). O relatório também mostra bons resultados nos casos de mortalidade devido ao cancro da mama e também de mortes causadas por doenças cardiovasculares.
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