O problema do reconhecimento das habilitações dos portugueses no Luxemburgo chegou ao Parlamento Europeu, com o Partido Comunista Português (PCP) a questionar a Comissão Europeia sobre medidas para resolver o problema. Em causa está a recusa do Luxemburgo em reconhecer as habilitações do 12o ano aos alunos portugueses, apesar dos acordos entre Portugal e o Luxemburgo "que estabelecem que o 13° ano luxemburguês equivale ao 12° português", pode ler-se na questão.
O caso, ocorrido com duas irmãs em 2001 e mais tarde com uma prima, foi primeiro divulgado pelo jornal CONTACTO e depois noticiado pela Lusa, tendo chegado ao grupo parlamentar do PCP, que apresentou na segunda-feira uma questão parlamentar em que questiona a Comissão Europeia sobre o problema. Na nota, o PCP diz que a situação prejudica "seriamente os portugueses e as suas famílias que vivem e trabalham no Luxemburgo".
Na segunda-feira da semana passada, o embaixador de Portugal no Luxemburgo teve uma reunião com a ministra da Educação luxemburguesa, Mady Delvaux-Stehres, para discutir o problema.
"A ministra deu-nos a garantia de que neste momento os diplomas são reconhecidos sem problema", disse José Pessanha Viegas à Lusa.
O problema não é os diplomas não serem reconhecidos pelo Ministério ou não, o problema é que é a única desculpa que os patrões dão aos estrangeiros para não ter que lhes dizer diretamente que não lhes querem dar trabalho, para não lhes darem oportunidade de evoluir no país o que (pensam eles) lhes vai "forçar" a regressarem. Essa é que é a verdade.
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