terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Portugueses regressam aos postais de Natal para desejar boas festas, depois da euforia do SMS

Depois da euforia das boas festas enviadas por mensagem electrónica ou via telemóvel, os portugueses começam a regressar à forma tradicional de desejar um feliz Natal pelo correio, diferenciando assim os seus votos.

Em entrevista à agência Lusa, o director nacional da rede CTT disse que a quebra na correspondência natalícia - estimada em quatro a cinco por cento ao ano - começa agora a afrouxar.

Esta quebra iniciou-se há cerca de sete anos e deveu-se à banalização do envio de boas festas por SMS ou correio electrónico, adiantou Hernâni Santos.

Contudo, os portugueses começam agora a voltar ao correio tradicional, procurando sobretudo a diferenciação destes votos, já que “uma carta é única”, ao contrário dos SMS que, muitas vezes, são reencaminhados vezes sem conta, mudando só o número do destinatário.

Em alguns segmentos, explicou Hernâni Santos, “começa a ser interessante que as boas festas sejam feitas por carta e escritas à mão”.

“Há um regresso, não diria ao passado, mas à originalidade dos cumprimentos festivos de natal”, disse, sublinhando que “a escrita é única e ninguém consegue escrever da mesma forma a mesma carta para dez pessoas”.

Uma realidade mais visível na época natalícia, em que “a necessidade de aproximação é tão significativa”.

“O facto de o cumprimento ser feito pela escrita permite que cada carta tenha um aspecto particular”, adiantou.

Nesta Operação Natal dos CTT, espera-se que só hoje sejam distribuídas 7,5 milhões de correspondências. Em todo o mês de Dezembro, serão despachadas 120 milhões.

As cartas com votos de boas festas são muitas e cada vez mais as encomendas relativas ao comércio electrónico.

“Os pedidos electrónicos estão a crescer muito, sendo uma oportunidade de negócio”, disse Hernâni Santos, especificando que este comércio cresce mais de 10 por cento ao ano.

A circular estão também cerca de 200 mil cartas de crianças que escrevem ao Pai Natal e que terão resposta, desde que indiquem o remetente.

Sandra Moutinho,
da Agência Lusa

Foto: JLC

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