Depois da euforia das boas festas enviadas por mensagem electrónica ou via telemóvel, os portugueses começam a regressar à forma tradicional de desejar um feliz Natal pelo correio, diferenciando assim os seus votos.
Em entrevista à agência Lusa, o director nacional da rede CTT disse que a quebra na correspondência natalícia - estimada em quatro a cinco por cento ao ano - começa agora a afrouxar.
Esta quebra iniciou-se há cerca de sete anos e deveu-se à banalização do envio de boas festas por SMS ou correio electrónico, adiantou Hernâni Santos.
Contudo, os portugueses começam agora a voltar ao correio tradicional, procurando sobretudo a diferenciação destes votos, já que “uma carta é única”, ao contrário dos SMS que, muitas vezes, são reencaminhados vezes sem conta, mudando só o número do destinatário.
Em alguns segmentos, explicou Hernâni Santos, “começa a ser interessante que as boas festas sejam feitas por carta e escritas à mão”.
“Há um regresso, não diria ao passado, mas à originalidade dos cumprimentos festivos de natal”, disse, sublinhando que “a escrita é única e ninguém consegue escrever da mesma forma a mesma carta para dez pessoas”.
Uma realidade mais visível na época natalícia, em que “a necessidade de aproximação é tão significativa”.
“O facto de o cumprimento ser feito pela escrita permite que cada carta tenha um aspecto particular”, adiantou.
Nesta Operação Natal dos CTT, espera-se que só hoje sejam distribuídas 7,5 milhões de correspondências. Em todo o mês de Dezembro, serão despachadas 120 milhões.
As cartas com votos de boas festas são muitas e cada vez mais as encomendas relativas ao comércio electrónico.
“Os pedidos electrónicos estão a crescer muito, sendo uma oportunidade de negócio”, disse Hernâni Santos, especificando que este comércio cresce mais de 10 por cento ao ano.
A circular estão também cerca de 200 mil cartas de crianças que escrevem ao Pai Natal e que terão resposta, desde que indiquem o remetente.
Sandra Moutinho,
da Agência Lusa
Foto: JLC
Sem comentários:
Enviar um comentário