Um relatório divulgado quinta-feira sobre o atentado falhado num voo entre Amesterdão e Detroit revelou "uma série de erros humanos", incluindo atrasos na interpretação de informação sobre o terrorista nigeriano que provocou o incidente.
O documento, entregue pelo Departamento de Estado norte-americano ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, refere que funcionários das agências de inteligência receberam, em Outubro, fragmentos de informação suficientes para identificar o jovem nigeriano Umar Faruk Abdul Mutallab, de 23 anos, como um operacional da organização terrorista Al-Qaeda treinado no Iémen.
Contudo, embora os agentes tivessem consciência de que um operacional da ala iemenita da Al-Qaeda representava uma ameaça para a segurança dos Estados Unidos, não reforçaram a sua atenção para essa ameaça e não juntaram as "peças do puzzle".
Apesar de reconhecer falhas humanas, o relatório não recomenda uma reorganização do sistema anti-terrorismo norte-americano, defendendo apenas o reforço do processo já usado no sentido de juntar mais terroristas suspeitos à "lista negra".
Segundo o documento-sumário, de seis páginas, houve "uma série de erros humanos", incluindo atrasos na interpretação de informação e pesquisa de novos dados sobre o jovem nigeriano suicida que tentou explodir, no dia de Natal, o avião de uma companhia aérea norte-americana que fazia a ligação entre Amesterdão (Holanda) e Detroit (EUA).
"Erros" esses que levaram a que, de acordo com o relatório, o visto de Abdul Mutallab para os Estados Unidos se mantivesse válido.
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