O segundo avião Hércules C-130, da Força Aérea Portuguesa, com ajuda para as vítimas do sismo do passado dia 12 no Haiti, aterrou no aeroporto da capital haitiana às 19h30 locais (01h30 no Luxemburgo).
Os dois enviados especiais da agência Lusa em Port-au-Prince, que testemunharam a aterragem do aparelho, adiantaram que este já começou a ser descarregado.
O avião tinha partido na segunda-feira à tarde de Caracas, capital da Venezuela, com quase 12 toneladas de material a bordo, segundo disse à Lusa fonte próxima da operação
O aparelho transporta 21 pessoas, todas portuguesas - 15 militares, cinco bombeiros, um dos quais médico, um técnico especialista em sistemas de purificação de água da organização não-governamental ADRA (Associação Adventista para o Desenvolvimento, Recursos e Assistência) e um jornalista português.
Das 12 toneladas de carga, quase quatro toneladas vieram de Portugal. Seguem também seis toneladas de água comprada pela embaixada de Portugal na Venezuela, que não especificou qual o material perfaz as restantes duas toneladas, mas a Lusa viu alguns sacos de massa e farinha.
A carga inclui medicamentos e 180 mil pastilhas purificadoras de água, material para montar e equipar o campo de desalojados e equipamento para aumentar a capacidade do posto médico avançado do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da equipa da Assistência Médica Internacional (AMI).
O Haiti, principalmente a capital, Port-au-Prince, foi devastado em 12 de Janeiro por um sismo de magnitude 7,0 na escala de Richter que, segundo números oficiais provisórios, causou, segundo o último balanço, cerca de 150 mil mortos e deixou cerca de um milhão de desalojados.
O sismo é considerado a maior catástrofe que já atingiu o país mais pobre do continente americano nos últimos 200 anos e também a maior tragédia para a ONU, com 47 funcionários da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH) mortos e 500 dados como desaparecidos.
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