A par dos franceses, belgas e alemães que diariamente vêm trabalhar para o Grão-Ducado, cada vez mais luxemburgueses optam por morar nos três países limítrofes, segundo um estudo do CEPS/Instead (Centro de estudos socioeconómicos do Luxemburgo).
O estudo revela que muitos dos trabalhadores fronteiriços são na verdade antigos moradores luxemburgueses que escolheram viver nos países vizinhos. O inquérito refere que entre 2001 e 2007, 7.715 pessoas vindas do Grão-Ducado instalaram-se nos países raianos (3035 na região francesa da Lorena, 2.605 na Bélgica, 2075 na Alemanha).
A questão foi abordada por Jacques Brosius do CEPS/Instead, no Instituto Regional de Admnistração de Metz durante um colóquio, "As mobilidades profissionais num espaço fronteiriço: A Lorena na Grande Região", organizada no último 8 de Dezembro pelo Instituto Nacional de Estatística e de Estudos Económicos.
Segundo o estudo, Perl, Trier e Nittel são as cidades da Alemanha mais concorridas. Na Bélgica, Arlon, Aubange e Messancy são a principal opção dos antigos residentes luxemburgueses. Finalmente, em França, as cidades mais escolhidas são Thionvile, Villerupt e Audun-le-Tiche.
Os resultados do inquérito revelam que para mais de metade dos inquiridos, os preços dos alojamentos mais acessíveis foi o principal motivo que levou os residentes luxemburgueses a viver além-fronteiras. Para 10 % dos fronteiriços luxemburgueses, o desejo de se tornarem proprietários constituiu a principal razão.
Globalmente, as pessoas inquiridas dizem-se satisfeitas da sua escolha.
O único aspecto negativo evocado pelos antigos moradores do Luxemburgo é a deslocação do domicílio para o trabalho que piorou para 66,3 % das pessoas inquiridas.
Texto: Nuno Costa/Foto: Guy Jallay
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