sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Aguiar Branco diz que declaração de Sócrates foi "oportunidade perdida"

O líder parlamentar do PSD, José Pedro Aguiar Branco, considerou que a declaração do primeiro-ministro foi “mais uma oportunidade perdida”, exortando José Sócrates a “começar a governar”.

"O senhor primeiro-ministro não trouxe nenhuma novidade, repetiu argumentos estafados, podia ter aproveitado para clarificar, mas ensaiou mais uma vez a vitimização e confundiu legitimidade eleitoral, que ninguém põe em causa, com um contrato de confiança com os portugueses", afirmou Aguiar Branco, em declarações aos jornalistas no Parlamento.

Numa declaração na residência oficial em São Bento, o primeiro-ministro afirmou ontem nada temer quanto ao conteúdo das escutas do processo Face Oculta, numa declaração em que acusou os que perderam as eleições legislativas de tirarem partido de "criminosas” violações do segredo de justiça.

Sócrates afirmou que a "sucessão de insultos, rumores e mentiras" sobre o seu alegado envolvimento num plano para controlar a comunicação social não o farão desviar da sua responsabilidade como líder do Governo.

O líder parlamentar social democrata saudou esta garantia dada por José Sócrates de que se manterá à frente do Governo: "É muito bom, porque os portugueses estão desejosos que o primeiro-ministro comece a governar".

"Estamos todos desejosos que o primeiro-ministro comece a governar e não se desvie desse propósito", reforçou Aguiar Branco.

A última edição do semanário Sol voltou a transcrever extractos do despacho do procurador João Marques Vidal, responsável pelo caso Face Oculta, em que considera haver "indícios muito fortes" do envolvimento do Governo, "nomeadamente o primeiro-ministro", num plano de controlo de vários meios de Comunicação Social, além da TVI.

Do despacho constam transcrições de escutas telefónicas envolvendo Armando Vara, que suspendeu as suas funções de vice-presidente do BCP, e Paulo Penedos.

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