A China celebra hoje, domingo, 14 de Fevereiro, a entrada no Ano do Tigre, numa clima de confiança acerca da sua economia, mas com renovada preocupação quanto ao futuro daquele felino.
A passagem do ano lunar - um misto de natal e Carnaval, com muito fogo de artificio e as ruas engalanadas com lanternas vermelhas - é a maior festa das famílias chinesas, na China e em todas as Chinatown do mundo.
Para milhões de trabalhadores, a semana de férias proporcionada por esta quadra é mesmo o mais prolongado período de descanso do ano, e os estudantes, que concluíram o primeiro semestre no final de janeiro, só regressam às aulas no dia 1 de março.
As celebrações do ano novo lunar - o "Festival da primavera", como também se diz - suscitam o maior movimento de massas do país, testando até ao limite a capacidade do seu sistema de transportes.
Os caminhos de ferro esperam transportar cerca de 210 milhões de passageiros, mais 9,5 por cento do que em 2009, e os aviões 29 milhões, um aumento de 12,5 por cento.
Os números dos autocarros e navios mobilizados para esta quadra são também enormes - 820.000 e 20.000, respetivamente - e no conjunto, o Ministério dos Transportes prevê 2540 milhões de viagens, mais 7,7 por cento que o ano passado.
Apesar da recessão global, a economia chinesa conseguiu crescer 8,7 por cento em 2009 e para este ano o Fundo Monetário Internacional prevê um crescimento de dez por cento.
Assinalando à sua maneira a entrada no Ano do Tigre, ambientalistas alertam para a rápida extinção do felino, devido à perda dos seus habitats naturais e à ação de caçadores furtivos.
Em toda a China haverá apenas 50 tigres, cerca de metade dos quais tigres siberianos, que vivem no norte do país, enquanto que há meio século o numero ultrapassava os 4.200.
Segundo o gabinete chinês do World Wild Fund (WWF), uma subespécie da família, os Tigres do sul da China, já terá mesmo desaparecido.
Aqueles animais, com dois metros e meio de comprimento e cerca de 150 quilos, já não são vistos na natureza há mais de 25 anos.
No mundo inteiro - alerta também o WWF - só haverá 3.200 tigres, tornando esta espécie a mais ameaçada do planeta, á frente dos ursos polares, pandas e rinocerontes.
O Tigre, visto habitualmente como um símbolo de coragem e vigor, é um dos signos do milenar Zodíaco chinês, que se repete de 12 em 12 anos.
Se nasceu em 1998, 1986, 1974, 1962, 1950 ou 1938, este é, muito provavelmente, o seu ano - o seu e de outras celebridades como Agatha Christie, Marilyn Monroe, Penelope Cruz e a rainha Isabel II.
O Ano do Tigre termina a 2 de fevereiro de 2011, seguindo-se o Ano do Coelho, e depois o do Dragão, o único animal mítico do zodíaco chinês.
Sem comentários:
Enviar um comentário