Em 2009, 66% dos utilizadores da internet no Grão-Ducado efectuaram compras em linha, revela um estudo europeu elaborado pelo Statec, o instituto de estatísticas do Luxemburgo, sobre a utilização das tecnologias da informação e comunicação pelas famílias e particulares.
Os consumidores residentes no Grão-Ducado estão no sexto lugar europeu, depois da Alemanha, onde 71% dos internautas fizeram compras em linha.
À cabeça desta classificação estão os britânicos, com 79%, enquanto que na cauda do pelotão estão três novos estados-membros – Lituânia, Bulgária e Roménia – com menos de 15% de utilizadores a comprar em linha.
A maioria dos compradores fez entre uma e cinco encomendas em linha no primeiro trimestre de 2009, as mulheres assegurando a maior percentagem, com 72%.
Os artigos mais comprados pela internet são livros, revistas e material educativo (58%) bem como reservas de alojamento de férias (53%). Seguem-se as reservas ligadas a viagens, como bilhetes de avião, comboio e autocarro (49%).
Os jovens entre os 16 e os 24 anos são os mais fervorosos utilizadores da internet para comprar filmes e música. De facto, 51% dos internautas com estas idades declaram ter comprado ou encomendado artigos deste tipo.
No estudo, constata-se ainda que a compra em linha de livros e revistas aumenta com a idade dos compradores e atinge a percentagem mais elevada nos internautas com idades entre os 33 e os 44 anos (63%).
Nos últimos cinco anos, foram as reservas de férias e a compra de bilhetes para espectáculos as que registaram o maior crescimento (mais 10% em relação a 2005) o que se explica pela evolução da oferta nestes domínios.
Saliente-se ainda que a compra de medicamentos na internet não é corrente, uma vez que apenas 3,4% dos utilizadores declararam ter comprado items deste teor, o mesmo acontecendo com as apostas em linha, com 6,1% dos internautas a declararem ter apostado (4,4% de mulheres e 7,5% de homens).
Nas compras em linha de bilhetes de transporte ou de espectáculos, assim como de programas de computador, jogos e música, metade foram descarregados directamente. Livros e filmes são preferencialmente recebidos por correio.
O meio de pagamento mais usado é de longe o cartão de crédito (82%) e os montantes despendidos situam-se na sua maioria entre os 100 e os 500 euros.
Finalmente, registe-se que, segundo este estudo, apenas 8% dos compradores em linha se queixam de problemas. Os mais frequentes são os prazos de entrega mais longos que o indicado e a entrega de produtos em mau estado.
F.Pinto
Foto: Serge Waldbillig
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