O Brasil vai construir ainda este ano um centro de formação policial na Guiné-Bissau para apoiar o combate ao tráfico de droga na região da África ocidental.
O anúncio foi feito esta semana pelo diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal do Brasil, Roberto Troncon Filho, durante o lançamento do Relatório Anual 2009 da Junta Internacional de Controlo de Entorpecentes (Jife), órgão das Nações Unidas.
De acordo com Troncon, a parceria entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa já permitiu a formação de mais de 150 polícias de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe nos últimos dois anos.
O projeto do Centro de Treinamento Policial em Bissau, que mereceu elogios da Jife, tem um investimento de três milhões de dólares (2,2 milhões de euros) por parte da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
O objetivo é formar uma polícia tecnicamente bem preparada no país, de acordo com os padrões internacionalmente aceites, para combater o tráfico de droga e o crime organizado, que continuam a ser um desafio significativo para a estabilidade na subregião.
A Guiné-Bissau é um dos principais países africanos na rota do tráfico de drogas da América do Sul para a Europa e, em menor quantidade, para a América do Norte, de acordo com o relatório da Jife.
O documento destaca que a cocaína apreendida em África tem origem principalmente na Colômbia e no Peru, e, em muitos casos, tem sido traficada através do Brasil e da Venezuela.
A Jife refere ainda que, até ao momento, não há relatos de cultivo da planta de coca ou da produção de cocaína em África.
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