A primeira reunião da tripartida terá lugar no dia 17 de Março. Seguir-lhe-ão mais quatro, nomeadamente no dia 24 de Março, bem como nos dias 10, 20 e 27 de Abril.
Durante as cinco reuniões, que vão juntar na mesma mesa de negociações, Governo, sindicatos e patronato, irão ser discutidas essencialmente três questões: o desemprego, a competitividade da economia luxemburguesa e a problemática do défice das contas da Administração Pública, explicou o primeiro-ministro no final do Conselho de Governo de sexta-feira. "As discussões das próximas semanas irão resultar num novo modelo de desenvolvimento, com o propósito de garantir o nosso modelo social", declarou Juncker.
No que respeita o desemprego, importa relembrar que de 1988 a 2008, o desemprego rondava os 3 %. Actualmente, o desemprego situa-se nos 6,4 %, prevendo-se que atinja os 7,4 % em 2011.
No que respeita a competitividade da economia do Luxemburgo, o objectivo é fazer com que o país atinja novamente valores como 4 ou 5 % de crescimento do produto interno bruto (PIB) anualmente.
Sem entrar em detalhes, o primeiro-ministro referiu que vão ser abordados pontos como a fiscalidade das empresas, a luta contra a inflação, a promoção da economia e sobretudo definir quais os sectores em que se deve apostar no futuro e quais os que merecem investimentos suplementares.
Outra das questões a ser discutida, prende-se com a resolução do défice das contas da Administração Pública. Nesta matéria, o Governo, na voz do ministro das Finanças, Luc Frieden, já fez saber que não irá recuar perante a decisão de reduzir em 1,6 mil milhões de euros as despesas até 2014 (final da legislatura). Caso esta meta se venha a concretizar, o Orçamento da Administração Pública irá ficar equilibrado, mas não irá colmatar os buracos do Orçamento Central.
O Luxemburgo vai continuar nos próximos anos a contrair empréstimos, o que fará aumentar a despesa pública de 18,3 % para 27,2 % do PIB até 2014. NC
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