quinta-feira, 6 de maio de 2010

Brasil: País será maior produtor de alimentos do mundo até 2025 - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

O Brasil vai ser o maior produtor alimentar do mundo até 2025, defendeu o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) ao destacar que o país deve aproveitar o contexto favorável de cooperação internacional com países em desenvolvimento.

“A tendência do Brasil é ser o maior ‘player’ mundial. Temos todas as condições de o fazer de forma sustentada e manter a força em termos de biodiversidade”, disse Pedro Arraes num encontro com a imprensa estrangeira.

O país, segundo o presidente da Embrapa, deve utilizar melhor seus recursos naturais e “contribuir efetivamente para suprir alimentos no mundo” num conceito que alia a “agricultura sustentável à preservação do meio ambiente”.

A Embrapa, ligada ao Ministério brasileiro da Agricultura foi criada em 1973 e tem uma importante tarefa de cooperação internacional com transferência de tecnologia para os países africanos.

Entre as suas áreas de intervenção, destaque para o Corredor de Desenvolvimento de Nacala (CDN), no norte de Moçambique, região estratégica para o sudeste africano.

“Talvez seja a primeira verdadeira parceria sul-sul-norte em Moçambique no Corredor de Nacala que tem um clima muito idêntico a certas zonas do Brasil e que há 35 anos era considerado um vazio e não tinha produção”.

Ainda em fase inicial de planeamento e mapeamento da região com recursos a satélites, a parceria entre Brasil, Japão e Moçambique vai obrigar a um investimento de infra-estruturas e suporte técnico adaptado a um clima tropical.

“As equipas brasileiras realizam visitas a Moçambique e está a ser definido o que pode ser plantado e qual o tipo de cultura como feijão, soja e arroz”, explicou Arraes.

A estratégia para o desenvolvimento da região será diferente da implantada no Brasil, mas Pedro Arraes acredita que “algumas das tecnologias podem ser aplicadas, pois o tipo de solo e o regime pluviométrico são idênticos”.

No programa, o Japão irá investir 300 milhões de dólares (234 milhões de euros) em infra-estruturas e o Governo brasileiro investirá cerca de 10 milhões de dólares (7,8 milhões de euros) em suporte técnico.

Com 68 acordos bilaterais assinados com 37 países e envolvendo 64 instituições e outros 20 acordos multilaterais, os pedidos internacionais de cooperação da entidade brasileira tem sido “grande”, explicou o mesmo responsável ao salientar a necessidade de melhor organização para responder aos pedidos.

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