quinta-feira, 6 de maio de 2010

Luxemburgo/Declaração do Estado da Nação: Juncker afirma que desentendimento sobre "index" não vai acabar com a coligação

O primeiro-ministro Jean-Claude Juncker declarou que o desacordo entre os ministros cristãos-sociais (CSV) e os ministros socialistas (LSAP) sobre a modulação da indexação salarial "não é uma catástrofe" e não põe em risco a coligação governamental.

"O país está confrontado com problemas importantes. É nesta coligação que vamos encontrar as soluções e em mais nenhuma", lançava Juncker ontem durante a Declaração do Estado da Nação para serenar os mais cépticos quanto à sobrevivência do Executivo de Juncker.

O ministro da Economia Jeannot Krecké foi encarregue de apresentar novos instrumentos para verificar a evolução da competividade do Luxemburgo em relação aos países vizinhos.

Juncker quer decisões até ao final do ano. Para tal, os debates vão ser levados a cabo no seio da coligação - "um tango a dois", dixit Juncker - , mas também no quadro da Tripartida para dar uma nova oportunidade ao modelo social luxemburguês. Também a Câmara dos Deputados vai ser chamada tomar posição neste Outono.

A questão do "index" esteve na origem do fracasso da útlima reunião triaprtida. Juncker propôs dois modelos que foram rejeitados pelos sindicatos. O primeiro previa limitar o peso dos preços dos produtos petrolíferos no índice que serve de base ao cálculo da indexação salarial ("index"). Em contrapartida, os transportes públicos tornar-se-iam gratuitos.

O segundo modelo visava restringir o "index" aos salários iguais ou superiores a 3.365 euros (duas vezes o salário mínimo nacional). As pessoas com este tipo de remunerações, receberiam um máximo de 84,14 euros de aumento. Para os vencimentos inferiores, prevaleceria a indexação salarial de 2,5%. Um assalariado que auferisse 1,5 vezes o salário mínimo receberia 62 euros suplementares, já o trabalhador remunerado com o salário mínimo teria direito a 42,07 euros.


Foto: Serge Waldbillig

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