segunda-feira, 10 de maio de 2010

UE/Finanças: Durão Barroso saúda "acordo histórico" para zona euro e esforços de consolidação orçamental

O presidente da Comissão Europeia saudou o "acordo histórico" alcançado hoje de madrugada pelos ministros das Finanças da UE sobre o plano de apoio à zona euro, bem como os esforços de consolidação orçamental anunciados por países como Portugal.

Durão Barroso, que discursava hoje perante o Fórum Económico Mundial, em Bruxelas, considerou que o mecanismo acordado na última madrugada de assistência a países da zona euro, num valor total de 500 mil milhões de euros, "irá assegurar que qualquer tentativa de enfraquecer a estabilidade da zona euro irá falhar".

Lembrando que o acordo é baseado numa proposta elaborada pela Comissão Europeia, mandatada para esse efeito na passada sexta feira pelos chefes de Estado e de Governo da zona euro, José Manuel Durão Barroso disse que "em menos de 48 horas a UE tomou uma decisão histórica".

"Dissemos que faríamos tudo o que fosse necessário para defender a estabilidade do euro. Hoje fizemos precisamente isso", afirmou.

O presidente do executivo comunitário sublinhou que o acordo envolve não só assistência, mas também esforços suplementares de consolidação, e, nesse sentido, felicitou os "compromissos claros assumidos por alguns Estados-membros de tomarem em breve medidas de consolidação orçamental".

Um desses Estados-membros é Portugal, que na reunião de domingo anunciou um reforço das medidas de consolidação orçamental que permita uma redução de 1,5 pontos percentuais do défice previsto para 2011.

"Em 2011 iremos prosseguir com esse esforço adicional de consolidação, em 2011 com mais 1,5 pontos percentuais do PIB relativamente ao que estava previsto", disse Fernando Teixeira dos Santos no final da reunião, já na madrugada de hoje.

O Governo português já tinha decidido diminuir em 1,0 ponto percentual o défice previsto para 2010, de 8,3 por cento do PIB para 7,3, anunciara na passada sexta feira o primeiro ministro, José Sócrates.

A declaração de hoje de Teixeira dos Santos significa que o desequilíbrio das contas de estado previsto para 2011 de 6,6 por cento do PIB passa para 5,1.

O Governo português conta que esta alteração da trajetória inicial de consolidação orçamental signifique um aumento de confiança dos mercados financeiros na economia portuguesa.

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