
O Tribunal de Loures adiou hoje a leitura do acórdão do julgamento que envolve Mário Machado, dirigente da Frente Nacional, e mais sete arguidos, acusados dos crimes de associação criminosa, sequestro, roubo, coação, posse ilegal de armas de fogo e ofensas à integridade física.
A leitura do acórdão - agora marcada para o dia 17 de agosto, às 14:00 - foi adiada porque a defesa apresentou requerimento para análise do despacho da juiza Susana Fontinha de alteração substancial da qualificação jurídica dos factos.
É a segunda vez que a 1.ª Vara Mista do Tribunal de Loures neste julgamento adia a sentença, que esteve inicialmente marcada para 30 de junho, depois foi adiada para hoje, conhecendo agora nova data.
Nas alegações finais, a procuradora pediu a absolvição da prática de associação criminosa imputada aos arguidos, mas considerou terem sido provados os factos relacionados com os crimes de sequestro, roubo, coação, posse ilegal de armas de fogo e ofensas corporais.
Por isso, a magistrada pediu a condenação dos arguidos, entre os quais Mário Machado, líder dos Hammerskins Portugal, movimento conotado com a extrema direita.
A defesa sublinhou que os depoimentos no tribunal não foram suficientes para sustentar a acusação, segundo a qual Mário Machado era o alegado líder de um grupo que atraía vítimas para locais pré-estabelecidos, com o pretexto de lhes vender droga.
Os homens eram alegadamente vítimas de agressões, após as quais lhes eram roubados os automóveis e as importâncias que tinham reunido para adquirir estupefacientes.
Dos oito arguidos, Mário Machado, Rui Dias e Fernando Massas continuam detidos preventivamente.
Os arguidos João Cerejeira e Bruno Ramos aguardam em liberdade provisória a leitura da sentença, depois de lhes terem sido levantadas as medidas de coação de prisão preventiva que o tribunal impôs.
Texto e foto: Lusa
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