sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Extrema direita: Adiada leitura da sentença de julgamento de Mário Machado

Arguidos do processo de Mário Machado, o dirigente da Frente Nacional e lider do movimento de extrema-direita "Hammerskins de Portugal", à saída da audiência de hoje, 06 de agosto de 2010 no Tribunal de Loures. Os arguidos são acusados de associação criminosa, rapto, coação e outros crimes


O Tribunal de Loures adiou hoje a leitura do acórdão do julgamento que envolve Mário Machado, dirigente da Frente Nacional, e mais sete arguidos, acusados dos crimes de associação criminosa, sequestro, roubo, coação, posse ilegal de armas de fogo e ofensas à integridade física.

A leitura do acórdão - agora marcada para o dia 17 de agosto, às 14:00 - foi adiada porque a defesa apresentou requerimento para análise do despacho da juiza Susana Fontinha de alteração substancial da qualificação jurídica dos factos.

É a segunda vez que a 1.ª Vara Mista do Tribunal de Loures neste julgamento adia a sentença, que esteve inicialmente marcada para 30 de junho, depois foi adiada para hoje, conhecendo agora nova data.

Nas alegações finais, a procuradora pediu a absolvição da prática de associação criminosa imputada aos arguidos, mas considerou terem sido provados os factos relacionados com os crimes de sequestro, roubo, coação, posse ilegal de armas de fogo e ofensas corporais.

Por isso, a magistrada pediu a condenação dos arguidos, entre os quais Mário Machado, líder dos Hammerskins Portugal, movimento conotado com a extrema direita.

A defesa sublinhou que os depoimentos no tribunal não foram suficientes para sustentar a acusação, segundo a qual Mário Machado era o alegado líder de um grupo que atraía vítimas para locais pré-estabelecidos, com o pretexto de lhes vender droga.

Os homens eram alegadamente vítimas de agressões, após as quais lhes eram roubados os automóveis e as importâncias que tinham reunido para adquirir estupefacientes.

Dos oito arguidos, Mário Machado, Rui Dias e Fernando Massas continuam detidos preventivamente.

Os arguidos João Cerejeira e Bruno Ramos aguardam em liberdade provisória a leitura da sentença, depois de lhes terem sido levantadas as medidas de coação de prisão preventiva que o tribunal impôs.

Texto e foto: Lusa

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