Em vésperas do regresso às aulas, o Partido Reformador Alternativo (ADR) criticou ontem a reforma do ensino fundamental, considerando demasiado baixo o nível de competências a atingir.
Em vigor há um ano, o novo ensino fundamental continua merecer a reprovação do ADR. Recorde-se que os reformadores votaram contra o texto legislativo que visava reformar o ensino primário.
O ADR, na voz do seu deputado, Fernand Kartheiser diz-se preocupado com o futuro do ensino no Luxemburgo, estimando que "o nível de competências a atingir foi sabiamente mantido em baixo". Kartheiser defende que "dar uma oportunidade a todos não significa baixar o nível".
Kartheiser critica o novo modelo de avaliação que usa sistematicamente a frase "a criança é capaz de...", frisando que "não é a positivar desta forma que se vai motivar o aluno e estimulá-lo a fazer melhor". O deputado do ADR é da opinião que na ausência de testes e de notas, os pais não sabem em que situação se encontram os filhos.
O representante do ADR faz apologia da introdução da noção de desempenho ("performance") em vez da noção de competência, desejando que os antigos boletins de notas se tivessem mantido.
"As crianças chinesas aprendem 3 mil signos ao longo dos seis primeiros anos de escola e nós não conseguimos fazer com que os nossos alunos escrevam e leiam correctamente com 26 letras no alfabeto", sublinha Kartheiser, advogando a edição de manuais escolares mais simplificados.
O deputado reformador critica ainda o número excessivo de reuniões às quais os docentes têm que assistir e "muitas vezes desnecessárias".
Fernand Kartheiser afirma que a nova reforma burocratizou demasiado o ensino primário.
Foto: Shutterstock
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