quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Luxemburgo: Três por cento das famílias sobreendividadas

Três por cento das famílias no Luxemburgo sofrem de sobreendividamento, ou seja, estão numa situação financeira tal que enfrentam dificuldades crónicas para pagar as dívidas. Esta a conclusão de um estudo realizado recentemente pelo instituto luxemburguês CEPS/Instead.

Este estudo reflecte a situação no primeiro semestre de 2008, alguns meses antes da crise financeira e económica, e faz a distinção entre endividamento, risco de sobreendividamento e exclusão financeira.

Seis em dez agregados familiares estão endividados, o que mostra que mais de metade dos lares dedica uma parte do seu orçamento ao pagamento de pelo menos um empréstimo. A parte das famílias que estão a pagar um empréstimo imobiliário (42 %) é praticamente a mesma da que está a pagar um empréstimo ao consumo (41 %). De entre os lares com dívidas, 35 % acumulam ao mesmo tempo um empréstimo-habitação e um empréstimo ao consumo, 33 % têm apenas um empréstimo imobiliário e 32 % apenas um empréstimo ao consumo. Os empréstimos ao consumo destinam-se, em grande parte (64 %), para a compra de carro, de uma moto ou de outros equipamentos técnicos. Os créditos ao consumo são raramente utilizados para financiar férias, tempos livres ou para cobrir despesas de saúde, de formação ou de guarda de crianças.

Do ponto de vista sócio-demográfico, os agregados familiares mais jovens (casal com menos de 25 anos), as famílias numerosas, os desempregados e os casais em que apenas um tem rendimento mensal correm mais riscos de sobreendividamento.

Ter a conta bancária nos negativos é uma outra forma de sobreendividamento. Há uma diferença entre ter a conta a descoberto por dificuldades momentâneas e viver constantemente nesta situação. Ter a conta em negativos acontece mais frequentemente às famílias que estão a pagar um crédito e mais ainda, como é lógico, às famílias sobreendividadas. F. Pinto

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