O presidente do Banco Central do Luxemburgo (BCL), Yves Mersch, voltou ontem a defender "a limitação ou supressão" da indexação automática dos salários, manifestando preocupação com o aumento da inflação.
Durante a apresentação do boletim semestral do BCL, Yves Mersch relembrou que a taxa de inflação do mês de Julho subiu para 2,5%, prevendo-se que atinja os 2,7% no início do próximo ano. Estes valores inspiram preocupação a Yves Mersch, uma vez que a próxima indexação salarial, prevista para Julho de 2011, irá acontecer um mês antes.
Para Mersch, esta situação tem consequências negativas para a competitividade das empresas do país. Por um lado têm enfrentar o aumento dos custos das matérias primas, por outro têm de fazer face ao aumento dos custos salariais.
"Ao longo destes últimos dez anos (1999-2009), a indexação automática dos salários levou a um aumento de 26% do custo salarial luxemburguês", levando "à deterioração" deste último face aos principais parceiros comerciais, lamenta o presidente do BCL.
Neste contexto, Yves Mersch recomenda que o Luxemburgo "se coloque ao mesmo nível da maioria dos países europeus.
Foto: Serge Waldbillig
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