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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Falências aumentam 26 % no Luxemburgo

Durante o primeiro semestre de 2012 registaram-se 571 falências no Luxemburgo, contra apenas 452 no mesmo período do ano passado, representando um aumento de 26,3 %. Números "preocupantes", diz o estudo da auditora Cretidreform. Do número total de empresas falidas, 74 % tinham mais de cinco anos (418). Quanto aos sectores de actividade, o menor número de falências registou-se na Produção (1,5 %). O sector da Construção foi o único a apresentar menos falências comparado com igual período do ano passado

(-9,7 %). Os Serviços sofreram o maior número de falências (367), um aumento de 32 %, enquanto o Comércio registou o
segundo maior aumento, de 27 %.

Fundo luxemburguês compra créditos em Portugal

Foto: Teddy Jaans
Um fundo luxemburguês quer investir 200 milhões de euros no sector imobiliário, da agricultura e das pescas, em Portugal. O objectivo é comprar crédito malparado com desconto, para depois vender com lucro.

O fundo luxemburguês AES Principal Fund SICAV-SIF quer investir 200 milhões de euros no sector imobiliário, agricultura e nas pescas, em Portugal, avança o Expresso.

Segundo aquele jornal, o fundo já mobilizou cerca de 20 milhões de euros e acordou a compra de três carteiras de crédito malparado a três bancos estrangeiros a operar em Portugal, incluindo o Barclays.

De acordo com o Expresso, o fundo é assessorado pela portuguesa Present Value, com experiência de 20 anos na gestão de crédito malparado. O Banque Privée Edmond Rothschild Europe (na foto) vai ser o guardião dos fundos, enquanto a KPMG e a sociedade de advogados Loyens & Loeff serão os conselheiros do fundo.

O objectivo do fundo luxemburguês é comprar empresas e imóveis detidos pela banca com desconto, para os reabilitar e depois vender com lucro.

Segundo a Present Value, o crédito malparado em Portugal ronda os 60 mil milhões de euros.

sábado, 2 de junho de 2012

Schneider: "Carteira profissional europeia é um passo em frente"

A carteira profissional europeia é "um passo em frente", disse o ministro da Economia e Comércio Exterior do Luxemburgo Etienne Schneider, na quarta-feira, durante o Conselho dos Ministros Europeus da Economia, em Bruxelas. De entre vários assuntos que estiveram em cima da mesa, os ministros discutiram a melhor forma de explorar o mercado interno para estimular o crescimento. A proposta de introdução da carteira profissional europeia foi apresentada com o objectivo de facilitar o reconhecimento das qualificações para muitos comércios nos estados-membros e ganhou amplo apoio em Bruxelas. "Esta carteira é um grande avanço para facilitar a mobilidade de trabalhadores qualificados na Europa", disse Schneider, que lembrou à Comissão Europeia a chave para o êxito do mercado interno iniciado há 20 anos por Jacques Delors. "Precisamos de regras comuns para tornar a vida mais fácil tanto para as empresas como para os nossos cidadãos. E para fazer isso, devemos lembrar a forma como os pais fundadores do mercado interno", disse o ministro.

sábado, 12 de maio de 2012

Luxemburgo: Retoma da economia só em 2014

Foto: Serge Waldebillig
O Statec apresentou ontem as projecções económicas de médio prazo, de 2012-2015. De acordo com simulações efectuadas, espera-se uma melhoria significativa do estado da economia luxemburguesa a partir de 2014.

O Luxemburgo ainda vive um período de abrandamento da actividade económica, que começou no ano passado. Só a partir de 2014 é que se pode esperar um futuro melhor. Em 2013 espera-se um crescimento económico de 2,4 %. "O prognóstico para os anos seguintes é mais optimista: 3,4 % para 2014 e 4,1 % para 2015", refere o director do Statec, Serge Allegrezza (foto). Os números relativos ao mercado de trabalho são mais negros. O aumento do emprego deve ser, em 2013, na ordem dos 1,5 %, contra os 2,8 % de 2011 e os 2,1 % de 2012. A taxa de desemprego deverá crescer até aos 6,7 %, em 2014, para diminuir ligeiramente apenas em 2015.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Juncker recusa impor "uma política de austeridade cega"

Foto: Serge Waldebillig
O Governo "não vai pôr em prática uma política de austeridade cega". A garantia foi deixada ontem pelo primeiro-ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker, durante o tradicional debate sobre o Estado da Nação, na Câmara dos Deputados.

"Gastamos mais do que aquilo que ganhamos", alertou ontem o primeiro-ministro sobre a situação das finanças públicas. "As contas públicas estão longe de estar equilibradas. Estão, sim, à beira da catástrofe", disse Jean-Claude Juncker, acrescentando que a despesa do Estado, "entre 2010 e 2011, aumentou mais que o previsto". No entanto, o primeiro-ministro recusa pôr em prática medidas de austeridade que não dêem perspectivas à população. Juncker acredita que a consolidação das finanças públicas só deverá acontecer em 2014.

"Os salários dos funcionários públicos", afirmou Juncker, estão na base do despesismo público. O primeiro-ministro prometeu cortes na despesa, nomeadamente no "parque de viaturas do Estado, nos custos com a energia, nos pedidos de orçamentos e nas despesas de viagem".

O chefe de Governo garantiu que "não vão ser adoptadas medidas suplementares" para reforçar a estabilidade orçamental do Estado, que ficará principalmente a cargo de cortes nas despesas com o funcionalismo público. "Com a modulação da indexação dos salários", adianta Juncker, o Estado "vai poupar 34 milhões de euros este ano em custos com o pessoal e 32 milhões no próximo ano", disse.

Jean-Claude Juncker entende que, para manter a economia de boa saúde, o Estado "não deve renunciar aos investimentos públicos" importantes, como o eléctrico na capital ou o alargamento da A3, que vai ser feito "por questões de segurança". "Não se vai poupar nas infra-estruturas escolares e na Universidade de Belval", garantiu Juncker, dando como certo que o sector da Educação não vai sofrer cortes. O mesmo se aplica ao sector da Cultura, que emprega actualmente 6.300 pessoas no país.

O primeiro-ministro piscou o olho a François Hollande, com quem se vai encontrar amanhã, em Paris: "Estou em sintonia com François Hollande no que diz respeito à direcção que a Europa deve tomar". Juncker não esqueceu a conjuntura de crise que se vive no seio da União Europeia nem os pacotes de austeridade impostos em países como Portugal, Espanha ou a Grécia.

Jean-Claude Juncker garantiu que "o imposto de crise não vai ser reintroduzido" mas que "o imposto de solidariedade vai aumentar em 2 % a partir de 2013", sendo que para os contribuintes com rendimentos elevados "vai passar dos actuais seis por cento para oito por cento".

"Não compreendo como luxemburgueses podem explorar outros luxemburgueses", exclamou o primeiro-ministro, referindo-se aos preços inflacionados que se praticam no mercado da habitação. "As casas que não estejam habitadas vão ser sujeitas a um imposto" para agilizar o mercado, anunciou Juncker, adiantando que "os critérios vão ser definidos pelo Governo". Os preços da habitação não acompanham os rendimentos das famílias, diz ainda o primeiro-ministro. Juncker anunciou ainda que vai ser criado um subsídio à habitação que será, em média, de 95 euros para rendimentos mensais até 2.600 euros.

Entre outras medidas anunciadas por Juncker, está o "preço único da água", cuja nova tarifação" deve ser apresentada no Outono.
Texto: I.F.

domingo, 25 de março de 2012

Luxemburgo vai continuar a gastar mais do que pode

Foto: Michel Brumat
O ministro das Finanças do Luxemburgo, Luc Frieden, apresentou na quarta-feira as previsões macroeconómicas e a evolução das finanças públicas até 2015.

De acordo com o ministro, o Luxemburgo vai continuar a gastar mais do que as suas receitas permitiriam e, se não mudar, vai ter de pedir dinheiro emprestado.

Em 2015, a dívida pública pode chegar aos 12 mil milhões de euros, ou seja, 25 % do PIB. Os novos números levam o ministro das Finanças a pedir um amplo debate público e a rever completamente a política de gastos públicos. "Precisamos mudar a nossa cultura de gastos", disse várias vezes o ministro das Finanças. "Os luxemburgueses sabem que não é possível gastar mais do que se pode e não recuperar do lado da receita. Não podemos continuar dessa forma e devemos rever os nossos gastos", concluiu Frieden

domingo, 29 de janeiro de 2012

Desemprego não pára de aumentar no Luxemburgo

O desemprego no Luxemburgo atinge os 6,6 %. A informação foi divulgada ontem pelo ministro da Economia e Comércio Exterior, Jeannot Krecké. O Comité de Economia esteve ontem reunido para analisar a situação económica do mercado de trabalho em Dezembro de 2011. O número de pessoas desempregadas, residentes no Luxemburgo, era de 16.337, ou seja, uma taxa de desemprego de 6,6 %. No final de Dezembro de 2011, 7.610 candidatos a emprego receberam o subsídio de desemprego completo, um aumento de 1,2 % em relação ao mesmo período do ano passado. O número de ofertas na ADEM era de 2.155: uma quebra de 4,9 % comparando com Dezembro de 2010. O Comité Económico aceitou ainda o pedido de 34 empresas que pretendem beneficiar das disposições relativas ao desemprego parcial. Há 2.971 funcionários a trabalhar com horário reduzido.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Esta semana: Luxemburgo em missão económica à China

O príncipe Guillaume e o ministro da Economia, Jeannot Krecké, estão na China até ao fim da semana.

Trinta empresas de diversos sectores, como o sector financeiro, logística, tecnologias da informação e da comunicação, entre outras, fazem parte da delegação. A missão económica esteve quarta-feira no sudoeste da China, mais precisamente em Chongqing, uma cidade com mais de 30 milhões de habitantes, que é considerada como a capital da estratégia regional de desenvolvimento do país.

A visita termina em Xangai, na sexta-feira, com a assinatura do acordo oficial de doação do pavilhão luxemburguês (construído de raiz para a exposição naquela cidade, no ano passado) ao estado chinês.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

ArcelorMittal quer Macarthur Coal

O grupo siderúrgico ArcelorMittal, n°1 mundial do aço e com sede no Luxemburgo, e o produtor americano de carvão Peabody Energy, fizeram uma proposta conjunta de compra ao líder australiano na produção de carvão, o grupo Macarthur Coal.

A proposta, de 3,5 mil milhões de euros, visa adquirir metade do capital da empresa, de que a ArcelorMittal é já accionista.

Foto: JLCorreia

terça-feira, 3 de maio de 2011

Luxemburgo: Qatar Airways compra 35 % da Cargolux

A companhia aérea Qatar Airways confirmou ontem ter adquirido 35 por cento da companhia luxemburguesa de frete aéreo, Cargolux, sediada no Findel.

O sindicato OGB-L já solicitou uma reunião com o Governo.

Foto: Cargolux

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Luxemburgo: Cargolux vende 35 por cento do seu capital

A Cargolux, a empresa nacional de transporte aéreo, anunciou que vai vender 35 por cento do seu capital e que anda à procura de um novo parceiro estratégico, depois de a Swissair ter vendido a sua participação de 33,7 por cento no fim de Agosto.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Economia: Dachser Portugal abre no Luxemburgo

O grupo Dachser, um dos maiores do mundo na área da logística e do transporte de mercadorias, abriu uma filial em Grevenmacher, no Luxemburgo.

Foto: Dachser

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Empresários portugueses organizam missão económica ao Luxemburgo

O AICEP e a Câmara de Comércio do Luxemburgo estão a organizar a vinda de uma missão empresarial portuguesa ao Luxemburgo que deverá realizar-se a 28 de Abril ou a 4 de Maio.

O encontro decorrerá apenas durante um dia e o objectivo é a exploração de novas oportunidades de negócios entre os empresários dos dois países.

A delegação empresarial portuguesa deverá ser composta por 30 a 35 empresários, sobretudo de PME's ligadas aos sectores das energias renováveis, tecnologias de informação, logística e da área financeira.

Contactada pelo CONTACTO, a Embaixada de Portugal no Luxemburgo confirma a preparação do encontro. José Pessanha Viegas explicou ao CONTACTO que a ideia desta missão empresarial "nasceu depois da viagem do casal grão-ducal a Lisboa, em Setembro do ano passado, e é fruto do seminário económico que na altura decorreu".

Segundo a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Luxemburguesa, o Luxemburgo foi o principal investidor directo estrangeiro em Portugal (IDE) de Janeiro a Outubro de 2010. Citando os dados do Banco de Portugal, a CCILL diz que 74,2% do total do IDE líquido em Portugal pertence ao Luxemburgo. Portugal apenas investiu no Luxemburgo 20,6% do total de investimentos feitos por empresários portugueses no estrangeiro. A missão económica portuguesa que se desloca ao Luxemburgo poderia alterar estes dados e equilibrar as contas para o lado português, mas a verdade é que os luxemburgueses não se mostram muito interessados nos sectores tradicionais portugueses: o calçado, os móveis, os moldes e os têxteis. A praça financeira luxemburguesa continua a querer captar a maior parte dos investimentos no país.

Domingos Martins

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Luxemburgo: Yves Mersch defende limitação ou supressão do "index"

O presidente do Banco Central do Luxemburgo (BCL), Yves Mersch, voltou ontem a defender "a limitação ou supressão" da indexação automática dos salários, manifestando preocupação com o aumento da inflação.

Durante a apresentação do boletim semestral do BCL, Yves Mersch relembrou que a taxa de inflação do mês de Julho subiu para 2,5%, prevendo-se que atinja os 2,7% no início do próximo ano. Estes valores inspiram preocupação a Yves Mersch, uma vez que a próxima indexação salarial, prevista para Julho de 2011, irá acontecer um mês antes.

Para Mersch, esta situação tem consequências negativas para a competitividade das empresas do país. Por um lado têm enfrentar o aumento dos custos das matérias primas, por outro têm de fazer face ao aumento dos custos salariais.

"Ao longo destes últimos dez anos (1999-2009), a indexação automática dos salários levou a um aumento de 26% do custo salarial luxemburguês", levando "à deterioração" deste último face aos principais parceiros comerciais, lamenta o presidente do BCL.

Neste contexto, Yves Mersch recomenda que o Luxemburgo "se coloque ao mesmo nível da maioria dos países europeus.

Foto: Serge Waldbillig

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Luxemburgo: Luxviande procura comprador

A empresa de produtos de carne luxemburguesa Luxviande confronta-se com sérios problemas financeiros e está à procura de um comprador. Os actuais 65 postos de trabalho estão em risco.

Segundo onotícia hoje avançada pelos nossos colega do diário "Luxemburger Wort" (do mesmo grupo editor do CONTACTO), a gestora administrativa da sociedade, Andrée Maquil, confirmou ontem ter iniciado negociações com vários potenciais compradores.

Citando fontes sindicais, o jornal adianta que a empresa Coboulux está interessada em adquirir o seu concorrente de sempre. O administrador delegado da Coboulux, Jos Ronk, confirmou ontem a noticia.

Entre os potenciais interessados surge igualmente o nome da Carnesa, do departamento dos talhos do grupo Cactus.

O sindicalista Romain Daubenfeld, responsável do sector alimentar do sindicato OGB-L, manifestou preocupação com os 65 trabalhadores da Luxviande. "Os potenciais compradores gostariam de adquirir a marca, mas não o conjunto do pessoal", inquieta-se Daubenfeld, prevendo que "um plano social para uma parte do pessoal será inevitável".

Desde 1970 que a Luxviande desempenha um papel importante na comercialização e promoção das carnes oriundas do sector agrícola luxemburguês.

Foto: Daniel Clarens

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Missão económica acompanha visita de Estado dos Grão-Duques a Portugal

Operação de charme

A acompanhar a viagem dos Grão-Duques a Portugal vai estar uma missão económica chefiada pelo ministro da Economia luxemburguês Jeannot Krecké.

O objectivo é "o fortalecimento de relações económicas bilaterais, aumentando o fluxo de negócios directos entre os dois países", declara Francisco Silva (na foto), da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Luxemburguesa (CCILL).

"Graças à imigração portuguesa e aos empresários portugueses que aqui se instalam, o Luxemburgo representa hoje um volume considerável de importações de produtos portugueses".

"Mas o grande objectivo é ainda ir mais longe e transformar o Grão-Ducado num grande centro de distribuição para as empresas portuguesas que queiram atacar não só o Luxemburgo, mas também os países limítrofes, num mercado que atinge 11 milhões de consumidores e um dos mais ricos da Europa", garante Francisco Silva.

Dados de 2007 revelam que na altura havia apenas 800 marcas de produtos portugueses exportados directamente para o Luxemburgo, mas no mercado nacional encontram-se mais de duas mil. "O mercado português é altamente aliciante para o Luxemburgo. Em alguns sectores de actividade como o calçado, os móveis, os moldes, e até os têxteis, os preços portugueses são mais baratos do que aqueles que são praticados pelos nossos países vizinhos e o ideal seria que passássemos de um sistema triangular, em que os portugueses vendem a um intermediário, que por sua vez põe o produto no mercado luxemburguês, a um esquema bilateral, isto é, a exportar directamente para o Luxemburgo, e a partir daqui para o mercado europeu. Ganharíamos todos muito mais", explica confiante Francisco Silva. A acompanhar a visita dos Grão-Duques vão cinquenta empresários que vão manter contactos bilaterais com os empresários portuguesas.

A delegação de empresários do Grão-Ducado partiu já na segunda-feira para Lisboa e avistou-se ontem à noite com o embaixador do Luxemburgo em Lisboa, Alain de Muyser. Hoje, terça-feira, começam os encontros bilaterais, ainda na embaixada luxemburguesa, na rua das Janelas Verdes, na capital portuguesa. Depois, será a vez de a delegação reunir no AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal).

O que Francisco Silva diz considerar "uma oportunidade única, porque, pela primeira vez, vamos ter os responsáveis políticos que podem tomar contacto com a realidade".

"E a realidade é que o Luxemburgo está inserido numa Grande Região com 11 milhões de consumidores, tem um PIB de 315 mil milhões de euros (que representa 3 % do PIB da UE), no país há mais de 80 mil portugueses que podem fazer a ponte entre os dois lados. Em suma, há um potencial que os portugueses não têm explorado e que devem fazê-lo, ainda mais numa época difícil para as empresas portuguesas", diz Francisco Silva.

O ponto alto desta missão económica vai ter lugar no segundo dia da visita do casal grão-ducal a Portugal: um seminário no Hotel Ritz, em Lisboa, na quarta-feira, que vai contar com a presença do Grão-Duque Henri, com os ministros da Economia de Portugal e do Luxemburgo, com o presidente do AICEP e, claro está, com os empresários luxemburgueses e portugueses.

Uma delegação do AICEP no Luxemburgo

Francisco Silva gostaria ainda de ver uma representação do AICEP no Luxemburgo "como trampolim para a Europa do Norte" e espera que Portugal possa ser no próximo ano o país convidado da grande Feira de Turismo no Luxemburgo: a Vakanz. "Há essa oportunidade e nós já fizemos muitas diligências, mas até agora o Governo português ainda não deu resposta. O Turismo é um sector muito importante para Portugal e cada luxemburguês tem em média 1.900 euros, por pessoa, para gastar em férias, por ano, segundo um estudo recente. Ora porque não mostrar a grande qualidade dos equipamentos portugueses?", pergunta Francisco Silva.

"O turismo residencial, o golf e a costa portuguesa são únicos no nosso país. Cabe ao governo português promover cá fora aquilo que só nós, os portugueses, sabemos que temos", conclui Francisco Silva.

Domingos Martins

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Luxemburgo: Já faliram 363 empresas este ano

Nos primeiros seis meses deste ano faliram 363 empresas, segundo a sociedade de informação Creditreform. Em relação ao homólogo período do ano passado, houve um aumento de 10 unidades.

O recorde continua a pertencer ao ano de 2007, durante o qual se registaram 380 falências.

Este ano, foram sobretudo as empresas ligadas à prestação de serviços (157) e ao comércio (143) que mais sofreram. Já as sociedades da construção (41) e da indústria (22) tiveram um menor número de insolvências.

Ao contrário de outros países europeus, no Luxemburgo, são sobretudo as empresas com mais anos que fecham portas.

Segundo o responsável da Creditreform, Herbert Eberhard, esta realidade deve-se ao facto de as empresas não se adaptarem ao mercado.


Foto: Arquivo LW

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Luxemburgo: Salários aumentam 2,5% em Julho

No dia 1 de Julho, vai haver uma indexação salarial de 2,5%, segundo estimativas do instituto de estatísticas do Luxemburgo, Statec.

No relatório sobre o estado da inflação do mês de Maio, divulgado ontem, o Statec frisa que tudo vai depender da evolução dos preços durante o mês de Junho.

O Statec vai confirmar esta informação "quando os resultados provisórios de Junho serão conhecidos, isto é , por volta do dia 20 deste mês.

Importa relembrar que foi a questão da indexação salarial que esteve na origem do fracasso da última reunião da Tripartida a 27 de Abril, na qual se sentaram à mesma mesa Governo, sindicatos e patronato, para discutir as medidas de combate ao défice da Administração Pública. Os sindicatos abandonaram a mesa de negociações por não concordarem com a intenção do Governo e patronato em congelar os aumentos salariais.

Inflação chega aos 2,42% no mês de Maio

À semelhança do mês passado, a taxa de inflação prossegue a sua tendência em alta devido ao aumento dos preços petrolíferos, passando de 2,32% em Abril para 2,42% em Maio, informa o Statec.

Por sua vez, a taxa de inflação subjacente (índice geral que exclui os preços dos produtos petrolíferos e outros preços que se formam nos mercados internacionais) permanece com 1,02% num nível excepcionalmente baixo, sublinha o Statec.

Partindo de uma análise mais pormenorizada, o encarecimento dos produtos petrolíferos repercutiu-se nos transportes, na habitação, na água, na electricidade e nos combustíveis. Semelhante destino tiveram certos produtos alimentares (carne bovina e charcutaria) , os artigos de higiene, peças de joalharia, o tabaco e bebidas não alcoólicas, bem como as flores.

Pelo contrário, os seguros ligados ao tranportes, as viagens com tudo incluído, os carros em segunda mão e certos produtos alimentares (carne de aves, peixe, ovos, entre outros) viram o seu valor diminuir.


Foto: Marc Wilwert

terça-feira, 11 de maio de 2010

Luxemburgo: OCDE insta Governo a ser menos generoso nas prestações sociais

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) insta o Governo a ser menos generoso nas prestações sociais. Num relatório sobre a situação económica do Luxemburgo, apresentado todos os dois anos, o orgnanismo propõe, entre outros, a diminuição do subsídio de desemprego.

"As prestações sociais generosas asseguram um nível de protecção elevado, mas enfraquecem as incitações ao trabalho", refere o relatório.

A OCDE estima ainda que as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro Jean-Claude Juncker, na Declaração do Estado da Nação, são insuficientes. A organização nota que "as instituições do mercado de trabalho são relativamente rígidas e as prestações extremamente generosas". Além da reforma da Adminstração Pública, a OCDE defende que o salário mínimo nacional seja revisto em baixa.

Neste contexto, a OCDE sugere que os salários deixem de ser indexados pela inflação e passem a sê-lo pela inflação subjacente (índice geral que exclui os preços dos produtos petrolíferos e outros preços que se formam nos mercados internacionais). Jean-Claude Juncker fez semelhante proposta na última reunião tripartida, mas esta foi recusada pelos sindicatos.

Para o organismo, o elevado custo dos salários em comparação com os países vizinhos impede a criação de empregos pouco qualificados.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico volta a apelar para a necessidade de reforma do sistema de pensões o quanto antes possível. A OCDE propõe, entre outros, acabar com os progamas de pré-reforma.