quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Luxemburgo: Fadista Raquel Peters, hoje em Schouweiler, e amanhã em Esch

O Luxemburgo recebe actualmente a visita de Raquel Peters, uma jovem fadista que, em 2005, com apenas 21 anos e ainda quase desconhecida, ganhou a Grande Noite do Fado, em Lisboa.

A sua digressão no Grão-Ducado integra-se na Semana do Fado, organizada pelos estabelecimentos do grupo Avelino Azenha. A primeira noite teve lugar no restaurante Country Grill, na capital, na última sexta-feira; seguiu-se, no sábado, uma actuação no restaurante Opusmer, em Esch/Alzette; e, no domingo, no restaurante The Good Friend, na capital.

A fadista volta a actuar esta quinta-feira à noite no Le Perroquet, em Schouweiler; na sexta-feira e no sábado, estará novamente no Opusmer, em Esch/Alzette.

A cantora actua igualmente na festa de 13º aniversário do Grupo Cultural e de Apoio Social de Differdange, no Hall de la Chiers, em Differdange, no domingo, dia 7.

Durante os espectáculos no Luxemburgo, Raquel é acompanhada por Victor do Carmo, à guitarra, e por Carlos Velez, à viola, bem como pelo fadista Miguel Simples. Raquel Peters nasceu em 1984 em Albufeira, no Algarve, descobrindo a sua paixão pelo fado muito jovem, ganhando aos 12 anos as primeiras competições regionais de fado. Estudou canto e piano durante mais de dez anos, tendo igualmente feito uma licenciatura em Psicologia.

Na sua discografia, Raquel consta de uma participação em 2004 na colectânea “Divas do Fado Novo” com as canções “Ó alma” e “Encontro de Lisboa”. Um disco em participavam ainda Ana Lains, Ana Moura, Ana Sofia Varela, Cristina Branco, Kátia Guerreiro, Liana ou Mísia, enztre outras. Há três anos, foi convidada para gravar “Hasta luego”, com a Pedro Frias Band, tendo acompanhado a banda em vários concertos.

Recentemente, em edição de autor, revela ao CONTACTO que lançou “Fado que navego”, um CD em que, explica, “aborda o fado a fugir ao tradicional".

"O CD tem fados tradicionais, mas também títulos que incluem acordeão, piano e percussão. Com a letra de Rui Rocha e a música, principalmente de Miguel Brito Rebelo, os temas refletem o que eu sou e sinto", conta. Os temas evocam temas tradicionais do fado como Lisboa, o amor e a saudade, mas igualmente temas relacionados com a região e a origem da artista, como o título "Eu sou algarvia do mundo" o atesta. Para Raquel Peters, a vitória em 2005 na Grande Noite do Fado, trouxe-lhe conhecimentos e uma bela experiência. Mas de regresso ao Algarve, longe das luzes da capital, revela que o seu nome "foi um pouco esquecido".

"Para mim, o fado é uma actividade de lazer. Eu tenho um trabalho e agradeço a minha entidade patronal por me permitir a prática deste hóbi. Mas se um dia a sorte me sorrir, acho que vou tentar”, revela a jovem.

Texto e fotos: Carlos de Jesus

Sem comentários:

Enviar um comentário