O apelo do futebolista francês é tema de discussão em fóruns de discussão de estudantes e de movimentos anti-capitalistas britânicos, onde se encontram várias vozes de apoio.
Mas a mobilização não é visível no Reino Unido e não há grupos que tenham dado o apoio público à iniciativa.
A mensagem de Cantona, no You Tube, pretende que os cidadãos europeus retirem, até hoje, o dinheiro que têm depositdo nos bancos para causar um colapso no sector. Na sua mensagem, o ex-futebolista francês do Manchester United, de 44 anos, afirma que, actualmente, as manifestações de rua não têm utilidade, pelo que que a sua proposta pode ser uma nova forma de protesto e tornar-se uma "arma revolucionária", porque o "sistema baseia-se no poder dos bancos".
Que consequências?
Questionado pela Lusa sobre o movimento criado pelo ex-jogador francês, o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, António Sousa, disse desconhecer o assunto e desvalorizou o tema, lembrando que "milhares de seguidores não é nada". Para a Associação Britânica de Bancos, a campanha é “irresponsável” e um “truque para chamar a atenção”, argumentou uma porta voz, em declarações à agência Lusa. O economista alemão Klaus Abberger disse à Lusa que o apelo de Cantona é “muito perigoso, mas só se as pessoas realmente aderirem”. “Uma corrida [aos depósitos] causará rapidamente problemas com menos notas e moedas em circulação do que os depósitos registados”, avisa Mary Mellor, professora de Sociologia da Universidade de Northumbria, que teme que se for adoptada a medida poderá derrubar o sistema bancário.
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