A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, poderá visitar oficialmente a China em Abril por ocasião da próxima cimeira do bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), que decorrerá em Pequim, admitiu hoje à Lusa fonte diplomática brasileira.
“A data (da cimeira) não está fechada. Nessa altura, poderá haver uma visita de carácter bilateral (da presidente brasileira), mas ainda estamos a estudar essa possibilidade”, disse a mesma fonte.
O jornal chinês Global Times indicou hoje que Rousseff visitará o país após a 3ª Cimeira das quadro grandes economias emergentes que compõem os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), marcada para Abril, em Pequim.
Segundo aquele jornal, a presidente brasileira irá “pressionar a China acerca da cotação do yuan”, considerada artificialmente subavaliada para favorecer as exportações chinesas, adiantou o jornal.
“Taxas de câmbio e proteccionismo comercial serão questões prioritárias com a China”, disse o Global Times citando o ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel.
A China é já o maior parceiro comercial do Brasil, à frente dos Estados Unidos.
Nos primeiros 11 meses de 2010, as exportações brasileiras para a China aumentaram 32,8 por cento em relação a igual período de 2009, somando 34.600 milhões de dólares, indicou a Administração Estatal das Alfândegas Chinesas.
As importações brasileiras da China aumentaram ainda mais (78 por cento), mas o saldo da balança comercial, estimado em 12.700 milhões de dólares, é favorável ao Brasil.
A última cimeira dos BRIC decorreu em Abril passado, no Brasil.
“Brasil, Rússia, Índia e China contribuem com 15 por cento do PIB mundial. Somos países onde tudo é em grande escala. Representamos quase a metade da população mundial, 20 por cento da superfície terrestre e temos recursos naturais abundantes”, realçou, na altura, o então presidente brasileiro, Lula da Silva.
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