terça-feira, 8 de março de 2011

Dia da Mulher: Efeméride assinala-se hoje pela centésima vez quando desigualdades persistem

O Dia Internacional da Mulher assinala-se hoje pela centésima vez, quando “em demasiados países e sociedades as mulheres continuam a ser cidadãos de segunda”, segundo alerta o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Embora o fosso entre homens e mulheres em matéria de educação esteja a diminuir, existem diferenças muito acentuadas no interior dos países e entre eles e demasiadas raparigas veem-se ainda privadas de escolarização, abandonam a escola prematuramente ou terminam os estudos com poucas competências e ainda menos oportunidades”, afirma Ban Ki Moon.

Na sua mensagem para esta efeméride, lembra que “as mulheres e as raparigas continuam a ser vítimas de uma discriminação e de uma violência intoleráveis, com frequência às mãos do seu parceiro ou de familiares próximos”.

No domínio da tomada de decisões, sublinha Ban Ki Moon, “mais mulheres em mais países ocupam agora assentos nos parlamentos, mas menos de 10% dos países têm uma mulher como chefe de Estado ou de governo”.

Para assinalar este dia, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) promove um debate sobre “o papel da igualdade entre homens e mulheres para fazer face à crise e garantir uma recuperação sustentável e justa”.

Segundo a OIT, “apesar dos progressos alcançados, continuam a persistir desigualdades e a igualdade entre homens e mulheres continua a ser um grande desafio”.

Esta organização lembra que se mantém “uma clara segregação das mulheres em sectores que se caracterizam por baixos salários, horários de trabalho longos e vínculos laborais precários”.

“Existe uma percentagem muito elevada de mulheres no emprego vulnerável (51,8%), situação que tem vindo a crescer depois de ter registado um declínio nos últimos 20 anos”.

No Luxemburgo, mulheres protestam hoje no Parlamento

O Centro de Informação e Documentação das Mulheres, o CID-Femmes, e mais 14 associações do Luxemburgo protestar hoje, às 17h, frente à Câmara dos Deputados (Parlamento luxemburguês). A lei do aborto e as quotas na política são algumas das reivindicações.

Comunidade portuguesa assinala Dia da Mulher

Um grupo de professores do Ensino de Português no Luxemburgo vai assinalar o Dia da Mulher no próximo sábado, 12 de Março, com um encontro de confraternização na escola da rue Gellé, em Bonnevoie, na cidade do Luxemburgo, a partir das 17h.
Domingo: Imigrantes lusas em debate

As mulheres portuguesas do Grão-Ducado são o tema de um debate no próximo domingo, 13 de Março, às 15h, na Gare de Dudelange-Usines, com a participação da socióloga Delfina Beirão. O debate é organizado pela Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo (CCPL).

Em Portugal, secretária de Estado almoça com jovens mulheres

Em Portugal, a secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, almoça, na Secretaria de Estado da Igualdade, em Lisboa, com jovens mulheres e homens para assinalar o Dia Internacional da Mulher.

O encontro tem como objetivo “debater a igualdade de género nas questões centrais da atualidade política e cívica com jovens que se destacaram nas mais diversas áreas da sociedade portuguesa”.

Estarão presentes a artista plástica Joana Vasconcelos, as cantoras Sara Tavares e Joana Amendoeira, a atriz Cláudia Semedo, vários dirigentes associativos do Conselho Nacional de Juventude e da Federação Nacional das Associações Juvenis, entre outras figuras da juventude portuguesa, além de jornalistas.

Hoje será também lançado um concurso de anúncios apelando à igualdade de género e ao fim de todas as formas de violência contra as mulheres e as raparigas, numa iniciativa do Centro Regional de Informação das Nações Unidas, em parceria com a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Género e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) e gabinetes de informação da ONU de toda a Europa.

O concurso, de âmbito europeu, faz parte da Campanha UNiTE promovida pelo secretário-geral das Nações Unidas para acabar com a violência contra as mulheres e convida europeus de 48 países, profissionais e não profissionais, a criarem um anúncio dizendo "Não à violência contra as mulheres".

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