Os líderes europeus querem apresentar uma estratégia comum para a recapitalização dos bancos no próximo Conselho Europeu, para evitar o contágio da crise da dívida, mas vão ter de superar divergências sobre o caminho a seguir.
“A Grécia não é o principal problema, o grande problema são os bancos”, adiantou uma fonte diplomática à AFP que confirmou o objetivo de chegar “a um consenso” sobre este tema no Conselho Europeu que decorrerá entre 17 e 18 de outubro em Bruxelas.
A ideia é chegar a um acordo de princípio sobre o montante a injetar no capital dos bancos e o calendário a seguir, disse outro diplomata.
Uma fonte próxima deste dossier estima que o montante "se aproxima mais dos 100 mil milhões" do que dos 200 mil milhões de euros mencionados esta semana pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
A Autoridade Bancária Europeia (EBA) deve fazer uma avaliação destas necessidades, antes do encontro dos líderes europeus, levando em conta o impacto de uma forte depreciação da dívida grega sobre o balanço dos bancos.
A situação da banca tem vindo a degradar-se e o receio do incumprimento grego é omnipresente.
Os bancos europeus têm assistido à queda do seu valor bolsista e são relutantes a financiarem-se entre si, emperrando todo o sistema.
Só o Banco Central Europeu tem evitado o pânico, continuando a manter a torneira da liquidez aberta.
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