Os socialistas que governavam a câmara em maioria absoluta perderam dois vereadores e logo no domingo o LSAP de Kayl abordou Gonçalves para uma possível coligação. As conversações desenrolaram-se durante todo o dia de segunda-feira. O CSV reuniu à noite e aceitou formalmente fazer uma coligação com o LSAP. Gonçalves seria assim o primeiro vereador da câmara, com um estatuto semelhante ao de vice-presidente de câmara em Portugal. À última da hora, os socialistas roeram a corda.
"Vão fazer uma coligação com os Verdes. Eles conseguiram seis vereadores, mas precisam de pelo menos mais um para terem maioria na comuna. Na segunda-feira à noite telefonaram-me e disseram-me que depois de muita discussão tinham decidido, através do voto, coligarem-se com os Verdes. Tiveram medo de mim", diz Gonçalves ao CONTACTO. E acrescenta: "Eles viram o que eu fiz no clube de futebol. Como consegui pôr o Kayl/Tétange na BGL Ligue; eles sabem que eu onde me meto é para trabalhar e por isso os socialistas tiveram receio de me convidarem para o governo da câmara. Daqui a seis anos vai haver outra vez eleições e nessa altura, se eu estivesse na câmara, as coisas seriam diferentes."
O candidato português vai ocupar o lugar de conselheiro comunal em Kayl/Tétange, mas em minoria e sem qualquer influência nas decisões camarárias. "Tenho pena porque eu queria acabar com a divida monstruosa da câmara. 17 milhões em dívida é uma vergonha. Eu gosto de mostrar aquilo que valho, como fiz no futebol, mas não vai ser possível", lamenta Gonçalves. "Os socialistas foram falsos. Ao mesmo tempo que estavam a negociar connosco, estavam também a falar com os outros", conclui José Gonçalves.
Texto e Foto: DM
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