quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Eleições Comunais: Dos 175 em liça, 12 candidatos portugueses eleitos

Dos 175 candidatos portugueses, de origem portuguesa e lusófonos candidatos às eleições comunais (municipais) de domingo, apenas 12 foram eleitos para conselhos comunais, o que representa cerca de 6,8 %.

Segundo o Centro de Estudos e de Formação Interculturais e Sociais (CEFIS), eram 69 os portugueses, e destes três foram eleitos. Ora, contabilizados assim, ainda são menos: 4,3 %.

Esta discrepância é fácil de entender. Enquanto que o CONTACTO listou todos os eleitos com um nome de consonância lusa ou portuguesa (muitos são de origem cabo-verdiana ou são portugueses com a dupla nacionalidade) , o CEFIS indica os eleitos pela sua nacionalidade.

Assim, dos 12 eleitos, apenas três representavam partidos com assento parlamentar e em comunas com o sistema de voto proporcional: Isabel Wiseler-Lima foi eleita pelo CSV (cristãos-sociais), na cidade do Luxemburgo; José Gonçalves, também do CSV, foi eleito em Kayl; e Cátia Gonçalves, pelo LSAP (socialistas), foi uma das mais votadas em Pétange (ver artigos nesta página).

Os restantes são candidatos independentes ou de uma lista local: Cindy Pereira (21 anos, estudante), em Beaufort; José Hermínio Vaz Rio, em Bettendorf; Alcides Santos Mendes (51 anos) e Natalie Silva-Schreiner (31 anos, conselheira política), em Larochette; Luís Pinto (51 anos, encadernador), em Lintgen; José Valente Silva (40 anos, gerente de empresa), em Medernach; Guida Biewer-Marques Ferreira (53 anos, gerente bancária), em Putscheid; Rui Miguel Fernandes (28 anos, historiador), em Saeul; e Carlos Gonçalves Leite (33 anos, empregado por conta de outrem), em Schieren.

Note-se que no Luxemburgo e em Esch-sur-Alzette, onde havia 14 candidatos portugueses em cada uma das cidades, apenas 1 destes 28 candidatos foi eleito, ou melhor, reeleita: Isabel Wiseler-Lima, na capital.

Em Pétange, dos 10 candidatos que havia, foi eleito um (10 %): Cátia Gonçalves.

Nas outras comunas que tinham mais candidatos portugueses – Differdange (9), Diekirch (7), Remich e Dudelange (6), Echternach e Mondercange (5) – não foi eleito nenhum português.

Em contrapartida, Beaufort tinha dois candidatos portugueses e elegeu um (50 %). Larochette tinha quatro e foram eleitos dois (50 %). Lintgen tinha três e foi eleito um (33 %). Bettendorf, Medernach, Putscheid e Saeul tinham apenas um candidato português, cada um destes foi eleito (100 %). Em Schieren, o candidato português foi eleito automaticamente, isto porque não se realizam eleições por o número de candidatos não ser suficiente para os postos a ocupar.

O CEFIS, que conta os candidatos por nacionalidade, registou 233 candidatos estrangeiros (dos 3.319 no total): 69 portugueses, 39 italianos, 39 alemães, 24 franceses, 18 belgas, 13 holandeses, entre candidatos de outras nacionalidades.

Em 65 municípios houve pelo menos um candidato estrangeiro. Pela primeira vez, os cidadãos de países terceiros podiam ser candidatos: o CEFIS registou 11 candidatos nesta situação.

Dos 233 candidatos estrangeiros em liça para estas eleições comunais, foram eleitos apenas 17 (cerca de 7 %): 3 portugueses, 5 alemães, 3 franceses, 3 holandeses, 1 austríaco, 1 belga e 1 italiano. JLC

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