Numa encontro em que apresentou uma equipa de “segunda”, incluindo três estreantes (Beto, Zé Castro e Eliseu), Portugal realizou mais uma exibição decepcionante, tendo estado sempre mais perto de perder do que de ganhar.
A formação das “quinas” completou, assim, a primeira época da segunda “era” Carlos Queiroz com “míseras” cinco vitórias, todas com equipas frágeis, como Ilhas Feroé, Malta, Finlândia, África do Sul e Albânia.
Com conjuntos mais complicados, a selecção lusa nem um triunfo conseguiu: 2-3 com a Dinamarca, 0-0 em casa e fora com a Suécia e uma humilhante goleada sofrida no Brasil (2-6).
Pior do que tudo isto, é o terceiro lugar no Grupo 1 de apuramento para o Mundial de 2010, com nove pontos, os mesmos da Suécia, quarta, menos quatro do que a Hungria e sete em relação à Dinamarca.
Comentário do jogo
A selecção portuguesa fez uma exibição muito pobre, num particular que só não teve um vencedor, porque Beto fez uma excelente exibição na baliza lusa.
Já em ritmo de férias e com muitas caras novas, a selecção portuguesa fez um jogo muito pobre, lento e sem ideias, perante uma aguerrida Estónia, que criou as melhores oportunidades do encontro, valendo a Portugal Beto, com um punhado de boas intervenções.
Se nos primeiros 45 minutos Portugal ainda teve duas, três oportunidades de golo, na segunda parte “desapareceu” do jogo e o primeiro remate enquadrado surgiu apenas aos 84 minutos.
Como tinha anunciado na véspera, o seleccionador português, Carlos Queiroz, lançou na equipa inicial três estreantes - o guarda-redes Beto, o defesa Zé Castro e o médio Eliseu -, num “onze” em que estavam ainda mais três jogadores com menos de cinco internacionalizações “AA” - Rolando, Gonçalo Brandão e Edinho.
Assim, Beto esteve na baliza, atrás de Miguel, Ricardo Carvalho, Rolando e Gonçalo Brandão, com Zé Castro, Tiago e Boa Morte no meio-campo, sendo que o ataque ficou entregue a Eliseu, Nani e Edinho.
Em ritmo de treino, a selecção portuguesa ia vivendo da inspiração de Nani e de Luís Boa Morte, os dois melhores lusos na primeira parte, tendo o primeiro lance de perigo surgido perto da baliza de Portugal.
Aos 14 minutos, Sergei Zenjov, o melhor da Estónia, a a cruzar da direita para o cabeceamento de Ats Purje, apenas detido por uma excelente intervenção de Beto.
O veterano Mart Poom teve duas intervenções apertadas na primeira parte, aos 20 minutos parou um remate de Nani e, sete minutos depois, desviou uma tentativa de Boa Morte para canto, na sequência do qual Enar Jaager a evitar em cima da linha o golo a Ricardo Carvalho.
O momento do jogo acabou por acontecer aos 31 minutos, quando Mart Poom, de 37 anos, se despediu dos relvados à 120.ª internacionalização, debaixo de uma enorme ovação do público presente na A. Coq Arena.
Na segunda parte, sem que Portugal conseguisse impor o seu jogo, voltou a ser a Estónia a primeira a criar perigo, num remate de Sergei Zenjov, que passou a escassos centímetros do ângulo esquerdo da baliza de Beto.
Sem capacidade para criar lances de ataque, a equipa portuguesa ia dando espaços na retaguarda à Estónia, que começou a acreditar que podia vencer, tendo tido uma excelente oportunidade aos 60 minutos, quando Ats Purje surgiu solto na área, mas não conseguiu desviar a bola, que sobrou para Beto.
O guarda-redes do Leixões ia salvando Portugal de sofrer um golo e, aos 64 minutos, evitou, com mais uma excelente intervenção, o tento a Vladimir Voskoboinikov.
Aos 84 minutos, finalmente um lance de perigo de Portugal, com Edinho a ganhar um ressalto e, isolado, a fazer um passe para o guarda-redes Sergei Pareiko.
Já nos cinco minutos finais, o guarda-redes Beto, melhor em campo de Portugal, voltou a evitar por duas vezes o golo da Estónia.
Lusa
Triste figura a de Portugal, isso sim! Já lá vão os tempos de ouro do Eusébio, do Chalana, do Bento, do Figo...O Ronaldo, esse, só faz façanhas lá fora. Portugal precisa de fazer uma introspecção sobre o que vale e o que deveras quer. Sem essa auto-análise, sem sabermos contrair a falta de vontade que anima alguns dos jogadores e resolvermos a falta de coesão manifesta do onze, não merecemos ir ao Mundial!
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