Os candidatos a ministros tanto no CSV como no LSAP são muitos, mas as negociações para formar Governo deverão igualmente ter em conta os resultados de cada candidato nas eleições legislativas de 7 de Junho (ver artigo anexo e na pág. 4). As únicas certezas são que Juncker manter-se-á como primeiro-ministro (está no Governo desde 1984 e é chefe do Executivo desde 1995), Asselborn como vice-primeiro-ministro (recebeu a melhor votação do LSAP) e Frieden (subiu na sua circunscrição) deverá ser o novo ministro das Finanças (CSV).
Juncker avisou que "não há necessidade de aumentar o número de ministros". Tendo em conta os resultados do LSAP no sufrágio, é provável que os socialistas percam uma pasta. Embora para o presidente do LSAP, Alex Bodry, "outros lugares estão em jogo, como o de presidente da Câmara dos Deputados ou o de comissário europeu".
Mas estes são postos que pertencem ao CSV. Para novo presidente do Parlamento é evocado aliás o nome de Fernand Boden. Um posto que seria uma saída honrosa do Governo após o seu desaire nestas eleições. Na circunscrição onde foi sempre um dos mais votados, o ministro da Agricultura foi relegado para terceiro do CSV, atrás da secretária de Estado da Cultura, Octavie Modert. Boden é ministro desde 1979, é o único aliás há 30 anos no Governo.
A subida mais espectacular foi a de Jean-Louis Schiltz (CSV), terceiro mais votado no Centro (8° em 2004). Nos bastidores do partidos fala-se nele para novo ministro da Justiça.
François Biltgen (CSV) obteve menos votos do que em 2004. Terá sido uma penalização por ser ministro do Trabalho em tempo de crise? Contudo, é preciso contar com ele para ministro, já que o presidente do CSV continua a ser o segundo do partido, logo atrás do omnipresente Juncker.
O ministro das Obras Públicas Claude Wiseler (CSV) foi segundo no Centro e a seu lugar no Governo não deve estar em risco. Jeannot Krecké (LSAP) foi terceiro, resultado que faz do ministro da Economia segundo do LSAP, ultrapassando o ministro da Saúde, Mars Di Bartolomeo, que baixou no Sul. Quem também perdeu terreno no sul foi o ministro dos Trasnportes, Lucien Lux (LSAP), que baixou de quarto para quinto do LSAP, ultrapassado por Lydia Mutsch (LSAP), burgomestre de Esch/Allzette, que já fez saber a sua vontade de integrar o Executivo. Ficarão Mars Di Bartolomeo e Lucien Lux sem pasta?
Já a ministra da Educação, Mady Delveaux-Stehres manteve a sua votação e ocupa o segundo lugar no LSAP, o que deverá assegurar a sua manutenção no Governo.
Ainda no Sul, o ministro do Interior Jean-Marie Halsdorf (CSV) melhorou a sua votação de 2004 e é um dos que devrá ser reconduzido.
No Norte, a ministra da Família, Marie-Josée Jacobs (CSV), é a incontestável número um e a pasta que ocupa desde 1995 continuará a ser sua.
Na circunscrição Leste, o ministro-delegado dos Negocios Estrangeiros, Nicolas Schmit (LSAP), apresentou-se pela primeiro vez aos eleitores e registou um bom resultado. Deverá continuar no Governo, só não se sabe ainda com que pasta.
TÂNIA MATIAS EM ESTRASBURGO ?
É aqui que entra Tânia Matias na aritmética: se Frank Engel preterir o seu lugar de eurodeputado e Viviane Reding voltar a ser comissária, Tânia ocupará o terceiro assento europarlamentar do CSV, apesar de ter sido sexta da lista.
JLC/F. Pinto
in Contacto de 17.06.09
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