A produção industrial luxemburguesa caiu 25 % em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o emprego no sector bancário recou, as novas matrículas de automóveis baixaram e o emprego em geral diminuiu.
Estas as estimações do Statec e os sinais que ilustram o forte abrandamento da economia luxemburguesa em 2009.
O serviço de estatísticas luxemburguês havia já anunciado uma recessão de 4 % para 2009 e uma taxa de desemprego de 5,9 %.
Na sua última nota sobre a conjuntura nacional, o Statec analisa os sectores mais importantes da economia nacional e continua a prevê resultados desfavoráveis.
Primeira vítima da recessão, a indústria nacional cuja produção do primeiro trimestre deste ano cai 25 % em comparação com 2008, segundo os primeiros cálculos do Statec
Quanto ao emprego, o Statec estima que os indicadores "apontam para uma deterioração suplementar das condições no mercado do emprego, caracterizada por um abrandamento mais forte do mesmo nos próximos meses". A título de exemplo, o instituto menciona a erosão do emprego no sector bancário, cujo "ritmo de progressão anual se aproxima rapidamente de zero."
Outro indicador da crise é o número de novas matrículas de automóveis tanto particulares como comerciais registadas no primeiro trimestre do ano. Observa-se um recuo de 10 % em relação ao ano passado.
"Os resultados de Abril não serão suficientes para compensar estes números decepcionantes", lê-se na nota do Statec, recordando que tradicionalmente os primeiros quatro meses do ano costumam ser os mais importantes neste sector, já que é quando o Autofestival acontece e este costuma representar 40 % do volume de novas matrículas anuais.
"Embora o sector europeu da construção viva horas difíceis na zona euro, ainda está, por ora, relativamente tranquilo no Luxemburgo". O Statec teme, contudo, uma degradação da situação devido à diminuição do número de autorizações para construir.
A única boa notícia é que o instituto de estatísticas prevê um aumento do poder de compra de 2,2 % ainda este ano devido à progressão do rendimento nominal disponível, por um lado, e ao refluxo dos preços ao consumo, por outro.
Pedro Castilho, in Contacto, 03.06.2009
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