Os sindicatos e o patronato continuam sem chegar à acordo quanto à nova convenção colectiva do sector da limpeza, e a ameaça de greve paira no ar. Após quatro reuniões de concertação e três passagens pelo serviço nacional de conciliação, os sindicatos queixam-se da intransigência das associações patronais, ameaçando convocar uma greve em Setembro se as reivindicações dos trabalhadores não forem ouvidas até lá. "Não há nenhuma vontade [de resolver o problema] por parte do patronato. Estamos dispostos a discutir, mas não nos deixaremos levar", diz Romain Daubenfeld, da OGB-L.
A antiga convenção colectiva para os trabalhadores do sector das limpezas expirou a 30 de Abril de 2007. Desde essa data, patrões e sindicatos ainda não conseguiram chegar a acordo.
O conflito afecta os cerca de 7.200 trabalhadores das empresas inscritas na Federação das Empresas de Limpeza.
Até 30 de Setembro, os sindicatos vão consultar os seus membros sobre o conteúdo da convenção, mas passado esse prazo, estão dispostos a recorrer à greve. "Em caso de não-conciliação, uma greve será inevitável", avisa Romain Daubenfeld. Os sindicatos recusam sentar-se de novo à mesa das negociações enquanto quatro das suas reivindicações não forem satisfeitas: querem uma tabela de salários "que forneça perspectivas de futuro aos trabalhadores do sector (na convenção colectiva actual, os assalariados sabem desde o início que o seu salário praticamente não evoluirá durante a sua vida profissional"); um dia suplementar de férias por cada cinco anos de antiguidade; aumentos salariais para os anos de 2007 e 2008; e, finalmente, o aumento do prémio de assiduidade e alteração das condições para ter direito ao mesmo.
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