Os portugueses representam cerca de 35 % dos toxicodependentes que passam diariamente pelo serviço de troca de seringas Kontakt 28, na capital, um número que o deputado Carlos Gonçalves, que visitou aquele serviço na quinta-feira, considera "preocupante".
Apesar de não dispor de números oficiais, Iranete Fonseca, funcionária desde 2006 no Kontakt 28, diz que, em média, "sete em cada vinte utentes são portugueses", o que faz deles a segunda nacionalidade mais representada naquele serviço, a seguir aos luxemburgueses. Segundo Iranete Fonseca, muitos dos utentes portugueses do serviço, que efectua troca de seringas e fornece alimentação a toxicodependentes, vivem em condições precárias, sendo alguns sem-abrigo.
"O problema mais grave é o dos portugueses sem-abrigo, porque a maioria já não tem documentos válidos nem apoio da Segurança Social. Quando têm um problema de saúde, quando têm de ser hospitalizados ou querem fazer um tratamento de desintoxicação, ficamos de mãos e pés atados, sem os podermos ajudar", disse Iranete Fonseca ao CONTACTO, durante a visita do deputado eleito pela Emigração.
"A situação é alarmante porque os toxicodependentes sem-abrigo vivem em condições marginais, muitas vezes sem documentação e sem terem acesso a serviços de apoio", disse Carlos Gonçalves ao CONTACTO.
"Não podemos deixar de nos preocupar com os toxicodependentes portugueses só porque a vida lhes correu mal no país de acolhimento, porque são compatriotas e muitos deles foram obrigados a emigrar porque Portugal não teve condições para os acolher", disse ainda o deputado. "Esta realidade merece o melhor acompanhamento e a melhor atenção", concluiu o deputado social-democrata, que se comprometeu a "fazer o possível" para alertar as autoridades portuguesas para o problema.
Situado na rue du Fort Wedell, na zona da Gare, o serviço Kontakt 28 faz parte da Fundação "Jugend-an drogenhëllef", que presta apoio a jovens toxicodependentes. Para combater a transmissão de doenças, incluindo hepatite B e Sida, o Kontakt28 fornece seringas e material de desinfecção.
"Nós fornecemos o material adequado e fazemos a troca deste, não para incentivar o consumo de drogas mas para evitar a transmissão de doenças", disse Iranete da Fonseca ao CONTACTO. Segundo a funcionária, com nacionalidade brasileira, a percentagem de transmissão de doenças tem vindo a diminuir graças ao trabalho de prevenção que tem sido feito.
O serviço, aberto das 9h às 13h, conta com uma equipa de seis pessoas. Além da troca de seringas, o Kontakt 28 também fornece comida e orientação para outros serviços, nomeadamente de apoio psicológico. Cristina Casimiro
Apesar de não dispor de números oficiais, Iranete Fonseca, funcionária desde 2006 no Kontakt 28, diz que, em média, "sete em cada vinte utentes são portugueses", o que faz deles a segunda nacionalidade mais representada naquele serviço, a seguir aos luxemburgueses. Segundo Iranete Fonseca, muitos dos utentes portugueses do serviço, que efectua troca de seringas e fornece alimentação a toxicodependentes, vivem em condições precárias, sendo alguns sem-abrigo.
"O problema mais grave é o dos portugueses sem-abrigo, porque a maioria já não tem documentos válidos nem apoio da Segurança Social. Quando têm um problema de saúde, quando têm de ser hospitalizados ou querem fazer um tratamento de desintoxicação, ficamos de mãos e pés atados, sem os podermos ajudar", disse Iranete Fonseca ao CONTACTO, durante a visita do deputado eleito pela Emigração.
"A situação é alarmante porque os toxicodependentes sem-abrigo vivem em condições marginais, muitas vezes sem documentação e sem terem acesso a serviços de apoio", disse Carlos Gonçalves ao CONTACTO.
"Não podemos deixar de nos preocupar com os toxicodependentes portugueses só porque a vida lhes correu mal no país de acolhimento, porque são compatriotas e muitos deles foram obrigados a emigrar porque Portugal não teve condições para os acolher", disse ainda o deputado. "Esta realidade merece o melhor acompanhamento e a melhor atenção", concluiu o deputado social-democrata, que se comprometeu a "fazer o possível" para alertar as autoridades portuguesas para o problema.
Situado na rue du Fort Wedell, na zona da Gare, o serviço Kontakt 28 faz parte da Fundação "Jugend-an drogenhëllef", que presta apoio a jovens toxicodependentes. Para combater a transmissão de doenças, incluindo hepatite B e Sida, o Kontakt28 fornece seringas e material de desinfecção.
"Nós fornecemos o material adequado e fazemos a troca deste, não para incentivar o consumo de drogas mas para evitar a transmissão de doenças", disse Iranete da Fonseca ao CONTACTO. Segundo a funcionária, com nacionalidade brasileira, a percentagem de transmissão de doenças tem vindo a diminuir graças ao trabalho de prevenção que tem sido feito.
O serviço, aberto das 9h às 13h, conta com uma equipa de seis pessoas. Além da troca de seringas, o Kontakt 28 também fornece comida e orientação para outros serviços, nomeadamente de apoio psicológico. Cristina Casimiro
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