O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas português, Ascenso Simões, pediu hoje aos emigrantes que entraram em Portugal pela fronteira de Vilar Formoso que assumam comportamentos de defesa da floresta durante a sua permanência no país.
Ascenso Simões esteve hoje em Vilar Formoso, fronteira por onde entram cerca de 80% dos residentes no estrangeiro. O secretário de Estado distribuiu panfletos informativos a alguns emigrantes, no âmbito da Campanha Nacional de Sensibilização da Defesa da Floresta Contra Incêndios - “Portugal Sem Fogos, Depende de Todos”.
A campanha é promovida este fim-de-semana pelo Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, através da Autoridade Florestal Nacional, em colaboração com os governadores civis dos distritos situados na fronteira.
Os emigrantes são sensibilizados para que evitem comportamentos de risco que podem originar fogos florestais e alertados para a necessidade de procederem à limpeza dos matos em redor das suas habitações.
Ascenso Simões assumiu que os emigrantes, quando chegam às suas casas, “a primeira coisa que fazem é limpar o espaço à volta e, por vezes utilizam técnicas que não são as mais adequadas”.
Por outro lado, observou, “também é normal que nesta altura do ano as famílias se juntem no espaço florestal e façam piqueniques”, daí o apelo para que tenham cuidado com a utilização do fogo.
Para reforçar a importância da iniciativa, o governante apontou que a floresta “significa 12% das exportações, 3% do Produto Interno Bruto” e “emprega mais de 260 mil pessoas” em Portugal.
“As nossas exportações na floresta portuguesa são superiores à Autoeuropa e à Qimonda juntas e a floresta nunca se deslocalizará para lado nenhum. Temos de fazer um esforço de promoção da floresta”, justificou.
Ascenso Simões também indicou que o relatório provisório de incêndios florestais entre 1 de Janeiro e 30 de Julho reporta 9.808 ocorrências (2.574 incêndios florestais e 7.234 fogachos) que afectaram uma área total de 21.486 hectares.
“É um ano que está abaixo da média dos últimos 10 anos”, disse, salientando que “a resposta que tem vindo a ser dada tem sido muito adequada e o dispositivo tem respondido bem”.
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