segunda-feira, 14 de setembro de 2009

UE: Bruxelas mantém crescimento negativo, mas segundo semestre vai ser melhor

A Comissão Europeia manteve esta segunda-feira em menos 4% a previsão de crescimento económico europeu para 2009, considerando que, após um início de ano pior do que se esperava, o segundo semestre será melhor do que se estimava.

As previsões intercalares hoje divulgadas por Bruxelas apontam para um crescimento negativo do PIB da União Europeia e da Zona Euro de 4%, a mesma percentagem das previsões feitas em Maio passado.

Esta actualização "intercalar" das Previsões da Primavera baseia-se na evolução verificada em sete Estados-membros, os mais importantes em termos económicos.

Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Espanha, Holanda e Polónia representam cerca de 80% do PIB nominal da UE e 85 da Zona Euro. A Alemanha melhora as suas perspectivas de crescimento em 2009 de menos 5,4% (Primavera) para menos 5,1, a França de menos 3% para menos 2,1 e a Polónia de menos 1,4 para 1 (o único a ter uma previsão de crescimento positivo).

As outras grandes economias dos 27 assistem a uma degradação das estimativas da sua situação económica: Espanha aumenta o seu crescimento negativo de menos 3,2% do PIB (Primavera) para - 3,7 , na Itália de menos 4,4 para menos 5, a Holanda de menos 3,5 para menos 4,5 e o Reino Unido de menos 3,8 para menos 4,3.

As previsões do Executivo comunitário também mantêm as estimativas feitas na Primavera para a inflação este ano (0,9% na UE e 0,4 na Zona Euro).

"A situação melhorou - principalmente devido às quantidades sem precedente de dinheiro injectado na economia pelos bancos centrais e autoridades públicas - mas a situação económica fraca vai continuar a afectar a situação do emprego e finanças públicas", declarou o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários.

Joaquín Almunia sublinha a necessidade de se "continuar a implementar as medidas de recuperação anunciadas para 2010 e acelerar a correcção do sector financeiro", assegurando que os bancos estão prontos para conceder crédito em condições "razoáveis".

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