A Fundação Nacional de Investigação do Luxemburgo (Fonds National pour la Recherche, FNR) está a organizar um ciclo de conferências, apresentado por oito investigadores luxemburgueses a trabalhar no estrangeiro. Entre os conferencistas está Nadine Fornelos Martins, de 29 anos, luxemburguesa de nacionalidade, mas de origem portuguesa.
"Os meus pais emigraram para o Luxemburgo nos anos 1970; já os meus avós tinham trabalhado no Luxemburgo, e o meu irmão e eu nascemos e crescemos no Grão-Ducado, daí que tenhamos a nacionalidade luxemburguesa", explicou ao CONTACTO a investigadora na área da Micro-Biologia.
Nadine Martins está actualmente na Finlândia, na Universidade de Jyväskylä, a desenvolver um programa de pós-doutoramento na área da sua especialização, mas esta segunda-feira, 30 de Novembro, vai estar pelas 19h no anfiteatro da Biblioteca Muncipal da cidade do Luxemburgo (3, rue Genistre) para proferir uma conferência intitulada "Tectiviruses: evolution, propagation strategies and regulatory modules".
"Vou tentar não ser muito chata e falar o mais possível para que todas as pessoas percebam aquilo que estou a fazer. A verdade é que me especializei na área da Microbiologia e sempre tive uma grande paixão pelas bactérias. Aqui, na Finlândia estou a fazer investigação numa universidade que tem um laboratório especializado nesta área e na segunda-feira vou falar sobre o que estou a estudar: a interacção das bactérias com os vírus, como vivem na natureza e no nosso corpo".
Há seis meses na Finlândia, Nadine Martins espera regressar ao Luxemburgo para poder partilhar o seu conhecimento com a comunidade científica do país.
E Portugal? "Adoro Portugal e tenho uma nostalgia muito grande pelo país onde estão as minhas origens, mas estou muito grata ao Luxemburgo por todas as oportunidades que me deu e está a dar no sentido de poder continuar a fazer investigação".
Nadine Martins licenciou-se em Biologia na Universidade de Louvain, na Bélgica, onde também obteve o doutoramento em Ciências Agronómicas e Engenharia Biotecnológica.
Domingos Martins
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