segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Luxemburgo: Universidade do Luxemburgo deve ter mais autonomia, diz ministro do Ensino Superior

Criada em 2004, a ainda jovem Universidade do Luxemburgo (Uni.lu) tem conhecido um crescimento constante, atingindo agora, segundo o ministro do Ensino Superior e da Investigação, a sua "velocidade de cruzeiro". François Biltgen defende, aliás, um aumento da autonomia deste estabelecimento de ensino superior.

Desde a sua criação, a Universidade do Luxemburgo tem por regra a aplicação dos princípios do Processo de Bolonha. A constatação foi feita pelo ministro durante a recente abertura do novo ano académico, no campus do Kirchberg. Biltgen mostrou-se satisfeito por, decorridos cinco anos, o objectivo de construir uma pequena universidade de investigação de reputação internacional não ser agora posto em causa.

Aumentar o número de licenciados

No seu discurso, o ministro insistiu na necessidade de uma maior autonomia e responsabilidade da Universidade. Se o Governo define o enquadramento financeiro e os objectivos, o estabelecimento deve ser capaz de assegurar o seu próprio funcionamento. Biltgen espera que a Universidade aumente, no futuro, a sua autonomia em matéria de ensino e no plano material, nomeadamente ao nível da gestão dos edifícios.

Quanto à responsabilidade, ela manifesta-se através das avaliações externas de que a Universidade é alvo. O primeiro relatório foi efectuado este ano e o próximo está previsto para 2011.

O contrato quadrienal com o Governo, que termina este ano, será renegociado. O Executivo não estabeleceu ainda os novos eixos da investigação, explicou o ministro, recordando os dois papéis fundamentais do estabelecimento de ensino superior: aumentar o número de licenciados no ensino superior no Grão-Ducado e ser o motor da investigação, do desenvolvimento da economia e da sociedade.

Transferência para Belval entre 2013 e 2014

François Biltgen confirmou que o Governo mantém o objectivo de transferir a Universidade para Belval em 2013-2014. "Mantemos esse objectivo", disse, acrescentando que "acredita firmemente no cumprimento desse prazo", apesar dos problemas surgidos nas últimas semanas naquele estaleiro de obras gigante. As Faculdades de Finanças e de Direito continuarão, contudo, no Limpertsberg, na capital.

Quanto aos alojamentos para estudantes, o ministro reconheceu que "não estamos ainda onde gostaríamos de estar" e que é preciso fazer esforços no sentido de concretizar este objectivo.

A Universidade do Luxemburgo – cujo reitor Rolf Tarrach verá o seu mandato renovado por mais cinco anos – conta actualmente com estudantes de 94 nacionalidades e com um corpo docente de 20 nacionalidades.

Fernando Pinto
Foto: Maurice Fick

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