Desde a sua criação, a Universidade do Luxemburgo tem por regra a aplicação dos princípios do Processo de Bolonha. A constatação foi feita pelo ministro durante a recente abertura do novo ano académico, no campus do Kirchberg. Biltgen mostrou-se satisfeito por, decorridos cinco anos, o objectivo de construir uma pequena universidade de investigação de reputação internacional não ser agora posto em causa.
Aumentar o número de licenciados
No seu discurso, o ministro insistiu na necessidade de uma maior autonomia e responsabilidade da Universidade. Se o Governo define o enquadramento financeiro e os objectivos, o estabelecimento deve ser capaz de assegurar o seu próprio funcionamento. Biltgen espera que a Universidade aumente, no futuro, a sua autonomia em matéria de ensino e no plano material, nomeadamente ao nível da gestão dos edifícios.
Quanto à responsabilidade, ela manifesta-se através das avaliações externas de que a Universidade é alvo. O primeiro relatório foi efectuado este ano e o próximo está previsto para 2011.
O contrato quadrienal com o Governo, que termina este ano, será renegociado. O Executivo não estabeleceu ainda os novos eixos da investigação, explicou o ministro, recordando os dois papéis fundamentais do estabelecimento de ensino superior: aumentar o número de licenciados no ensino superior no Grão-Ducado e ser o motor da investigação, do desenvolvimento da economia e da sociedade.
Transferência para Belval entre 2013 e 2014
François Biltgen confirmou que o Governo mantém o objectivo de transferir a Universidade para Belval em 2013-2014. "Mantemos esse objectivo", disse, acrescentando que "acredita firmemente no cumprimento desse prazo", apesar dos problemas surgidos nas últimas semanas naquele estaleiro de obras gigante. As Faculdades de Finanças e de Direito continuarão, contudo, no Limpertsberg, na capital.
Quanto aos alojamentos para estudantes, o ministro reconheceu que "não estamos ainda onde gostaríamos de estar" e que é preciso fazer esforços no sentido de concretizar este objectivo.
A Universidade do Luxemburgo – cujo reitor Rolf Tarrach verá o seu mandato renovado por mais cinco anos – conta actualmente com estudantes de 94 nacionalidades e com um corpo docente de 20 nacionalidades.
Fernando Pinto
Foto: Maurice Fick
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