sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Luxemburgo continua a ser número 1 mundial da produtividade

Apesar de ter registado uma diminuição em 2009, a produtividade do Luxemburgo continua a ser a mais elevada do mundo, segundo um relatório publicado por um instituto de estudos económicos, a Conferência Board.

Na Europa do euro, a produtividade decresceu, devido à recessão, e nos Estados Unidos, pelo contrário, continuou a aumentar, diminuindo a diferença entre as duas regiões.

Se comparado com os Estados Unidos, quinto país na classificação do estudo, o Luxemburgo tem uma produtividade por hora de trabalho superior em 34,4% e a Noruega, o segundo classificado, 34,2%. Estas diferenças devem-se ao sector financeiro, no Grão-Ducado, e ao petróleo, na Noruega.

A nível nacional, o Luxemburgo beneficia do número elevado de trabalhadores com bom nível de educação e da economia intensiva na capital, revela o estudo da Board.

Contudo, a produtividade recuou em 4,3% em 2008 e em 2009, mas a Board calcula que este número deverá ser positivo em 2010, com um crescimento de 2,5%. O número de horas de trabalho aumentaram em 4,4% em 2008 e em 0,7% em 2009, mas estes números poderão baixar em 1,4% este ano.

A situação explica-se pelo nível de emprego – quanto maior é o número de desempregados maior é o número de horas de trabalho por unidade. No caso do Luxemburgo, o número de horas de trabalho não se alterou, o número de pessoas com emprego é que diminuiu. No Grão-Ducado continua-se a trabalhar em média 1.549 horas por ano, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, essa média é de 1.742 horas por ano.

Nos 16 países da zona euro, a produtividade baixou no ano passado, em média, de 1%, em termos de produção por hora, depois de anos de abrandamento do crescimento. Em contrapartida, nos Estados Unido aumentou de 2,5%.

“Há diferenças de crescimento da produtividade mais importantes que o habitual”, comenta Bart Van Ark, economista-chefe da Conferência Board.

“Os empregados americanos reagiram mais fortemente à recessão que os seus homólogos europeus em matéria de supressão de postos de trabalho e de redução de tempos de trabalho”, acrescentou.

Ao contrário dos Estados Unidos, onde o ajustamento em termos de emprego foi brutal, a maior parte dos países europeus preferiu evitar, tanto quanto possível, despedimentos, encorajando antes o desemprego parcial face à diminuição da actividade económica. Uma retenção de mão-de-obra que teve como consequência a baixa de produtividade.

F.P.
Foto: Marc Wilwert

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