Os proprietários dos cafés temem perder clientela quando a lei anti-tabaco começar a ser aplicada em todos os estabelecimentos de restauração. O ministro da Saúde luxemburguês, Mars Di Bartlomeo, já anunciou que a interdição de fumar nos cafés, bares e discotecas está para breve.
Daí a Horesca, a Federação da Hotelaria e Restauração, ter lançado um inquérito junto dos seus sócios sobre este assunto. Os resultados do estudo não demonstram nenhuma tendência especial, as opiniões estão divididas. Mas o receio de perder clientes, é claro. Nessa medida, a Horesca propõe que seja dada a possibilidade aos proprietários de escolherem se o seu estabelecimento aceita fumadores ou é apenas para não-fumadores. Os números do inquérito mostram que 52 % das 2.008 pessoas interrogadas pensam que os fumadores deveriam poder continuar a poder fumar nos cafés, bares e discotecas, mesmo que isso implique obras de adaptação nos estabelecimentos. Por seu lado, 43 % dos inquiridos opõem-se à permissão de fumar. O mesmo estudo mostra que 37 % das pessoas interrogadas declaram que irão mais vezes ao café se for proibido fumar, contra 19 % que afirmam que diminuirão as suas idas ao café se não se puder fumar.
Será que esta lei é uma boa oportunidade para o sector? "Gostaria de dizer que sim", responde Jean Schintgen, secretário geral da Horesca, "mas não acredito nisso". E dá o exemplo da Irlanda, onde a frequentação dos pubs diminuiu 25 % depois da interdição de fumar.
Para a Horesca a interdição de fumar provocará uma diminuição do volume de negócios dos cafés e bares. A federação baseia esta opinião nos números registados pelos restaurantes: quando passou a ser proibido fumar nesses estabelecimentos, o volume de negócios baixou entre 15 e 20 % numa primeira fase, para se estabilizar actualmente em menos 4 % do que antes da lei entrar em vigor.
F. Pinto
Foto: Shutterstock
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