O ministro da Economia luxemburguês quer ver mais empresas a investir no mercado indiano, apontando o exemplo da Paul Wurth, líder mundial no sector da construção de altos-fornos e siderurgias e pioneira na Índia. Jeannot Krecké falava durante uma recepção organizada esta noite em Nova Delhi pela Paul Wurth, incluída na visita de quatro dias à Índia que o ministro iniciou hoje.
Elogiando o gigante mundial luxemburguês, o ministro instou os empresários nacionais a seguirem-lhe o exemplo, investindo na Índia.
"Poucas pessoas sabem o que esta empresa [Paul Wurth] conseguiu. Estão presentes em todo o mundo, e onde o Luxemburgo não tem Embaixadas, ajudam-nos a fazer contactos. O Luxemburgo não são só os bancos, nem a economia luxemburguesa está orientada apenas para os serviços. Tenho muito orgulho nesta empresa", disse Krecké.
Com escritórios na Índia há trinta anos, a Paul Wurth foi a primeira empresa luxemburguesa a instalar-se no país. Hoje, emprega 86 pessoas em Nova Delhi e prevê que um terço do volume de negócios venha do mercado indiano, onde tem clientes como o Grupo Tata e já construiu 28 altos-fornos.
"O centro de gravidade do mundo mudou. Já não é nos Estados Unidos, é aqui", disse o responsável da Paul Wurth, Marc Solvi, durante a recepção oferecida à comitiva que integra a Missão Económica de Jeannot Krecké.
MINISTRO DESCONTENTE COM EMPRESAS LUXMBURGUESAS
O ministro da Economia luxemburguês vai estar na Índia até quarta-feira para promover contactos comerciais entre os dois países. Da comitiva fazem parte meia dúzia de empresas luxemburguesas, um número que Krecké considera insuficiente.
"Esta sala devia estar cheia de empresários luxemburgueses. Se não estivermos presentes neste país, um dia estaremos ausentes [da economia mundial]. Estou um pouco desiludido com o número de empresas presentes. Tenho a noção de que se as empresas [luxemburguesas] não se moverem, o mundo move-se sem elas", disse ainda o ministro.
Durante a manhã de hoje, o ministro visitou o stand luxemburguês na Auto Expo, o maior salão indiano de automóveis. À noite, participou num cocktail e jantar oferecido pela Paul Wurth à comitiva luxemburguesa, que inclui, além de empresas nacionais, também representantes da Câmara do Comércio Luxemburguesa, da Câmara Indiana de Comércio do Luxemburgo e da Fedil (Business Federation Luxembourg).
Amanhã, Krecké encontra-se com o ministro do Petróleo e do Gás Natural, Murli Deora, e com o ministro das Energias Renováveis, Farooq Abdulah. À noite, o ministro luxemburguês participa ainda no seminário "Luxemburgo e Índia: uma joint-venture produtiva". O programa da visita em Nova Delhi encerra com um jantar com o ministro das Estradas e das Infra-Estruturas, Kamal Nath.
Na terça-feira, Jeannot Krecké vai estar em Calcutá, onde visitará a fábrica da empresa luxemburguesa Ceratizit, que produz componentes automóveis. O programa termina na quarta-feira com um seminário em Mumbai.
O CONTACTO está a acompanhar a visita do ministro da Economia luxemburguês à Índia.
Paula Telo Alves, em Nova Delhi
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