O ministro dos Negócios Estrangeiros disse hoje ver com "preocupação" a situação no Iémen, onde ameaças terroristas levaram ao encerramento de algumas embaixadas, entendendo que este é um problema que "exige esforço muito grande" por parte da comunidade internacional.
"A expansão da Al-Qaida também para um pais com grandes problemas políticos internos não deixa de ser uma preocupação para nós e o Iémen é demasiado próximo para que não nos inquiete e conhecendo a grande actividade que a Al-Qaida teve no passado num país como o Afeganistão, não deixamos de acompanhar com inquietação o que se passa nesse território", disse Luís Amado aos jornalistas.
O chefe da diplomacia portuguesa, que presidiu hoje ao Seminário Diplomático, a reunião anual em Lisboa dos embaixadores portugueses, defendeu ainda que, perante as recentes ameaças terroristas no Iémen, cabe à comunidade internacional ter um papel mais activo.
"Em particular da União Europeia (UE), no sentido de garantir as condições para que o Iémen não se torne mais um caso de Estado falhado na comunidade internacional", sustentou Luis Amado.
O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, Miguel Ángel Moratinos, orador convidado no seminário, chamou a atenção para o perigo terrorista a que o norte de África está exposto.
"Estamos preocupados com as últimas intervenções da Al-Qaida e isso vai ser objecto de alguma intervenção por parte da presidência espanhola [da União Europeia] e desde logo vamos querer olhar para o mediterrâneo e para o atlântico, as duas prioridades, sem esquecer África", adiantou Moratinos aos jornalistas.
O chefe da diplomacia espanhola salientou ainda que o problema não está apenas no Iémen e defendeu uma atenção ao que se passa no Afeganistão e Somália, país com o qual Espanha propôs uma conferencia internacional para debater a actual situação.
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